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Los Angeles Lakers: com LeBron e Davis saudáveis, é franco candidato ao título

Matheus Gonzaga e Pedro Toledo analisam o desempenho do Lakers na fase regular em 2020/21

14 mai 2021 - 18h50
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O Los Angeles Lakers é extremamente complicado de avaliar. Os astros LeBron James e Anthony Davis perderam boa parte da temporada por conta de lesões. Desse modo, não faz muito sentido falar de tendências de jogadas e perfil de arremesso. A imagem forte que temos da equipe ainda é a do campeão da liga, o time da bolha. Entretanto, o time de Los Angeles está bem diferente, seja isso positivo ou negativo. Com a quantidade pequena de minutos da equipe atual completa, é difícil ter um parecer sobre o time. No saldo, o Lakers tem o 22º ataque e a terceira defesa da liga. Só que esses números, especialmente o ofensivo, são ilusórios.

LeBron James e Anthony Davis
LeBron James e Anthony Davis
Foto: Adam Pantozzi / AFP / Jumper Brasil

Primeiramente, vale dizer: quando LeBron e Davis estiveram em quadra, o Lakers foi muito bem. Com ambas as estrelas jogando, o saldo de cestas (net rating) da equipe foi quase de 12 pontos por 100 posses. Isso é, o time vence seus adversários com facilidade quando ambos estão jogando, tendo desempenho excelente nos dois lados da quadra (quando LeBron joga sem Davis, há uma diferença significativa, mas o Lakers ainda vence os adversários por oito pontos a cada 100 posses). Se ambos estiverem saudáveis, trata-se de um franco candidato (talvez o maior favorito) ao título.

O problema é que, na ausência simultânea de ambos, o Lakers é um time ruim, com net rating de -1.66. O ataque tem um desempenho análogo ao 29º da liga! Por outro lado, a defesa continua sendo uma das melhores, o que faz com que ainda que negativo, o saldo de pontos seja minimamente respeitável. Se as duas estrelas perderem jogos, ou mesmo o time for comandado apenas por Davis em parte dos playoffs (nos minutos com o ala-pivô e sem LeBron, o Lakers tem um desempenho bem mediano), a equipe será presa fácil e não terá muitas chances. 

Outro questionamento sobre a equipe é a rotação de pivôs. É praticamente impossível montar uma rotação de playoff incluindo Andre Drummond, Montrezl Harrell e Marc Gasol, e ainda mais considerando que as melhores rotações na última pós-temporada tinham Davis na posição 5. Vendo nos minutos com o ala-pivô, Gasol é quem tem o melhor saldo de pontos, disparadamente (+10), enquanto Harrell tem +3 e Drummond terríveis -9. O ponto é que talvez o Lakers não precisasse de nenhuma dessas contratações: nos playoffs passados, o melhor para para Davis foi Markieff Morris (formação em que o astro é o pivô)!

Já para o posto de reserva, Drummond e Harrell são adequados, tendo tido desempenhos ok (+4 e +3) nos minutos sem Davis. A questão é que os dois não funcionam jogando juntos. Falando estatisticamente (e desconsiderando fatores como o ego dos jogadores, promessas feitas pelo front office e outros), o ideal para a rotação do Lakers seria começar jogos em que seja necessário um jogador da posição 5 mais tradicional, com Gasol (contra times mais baixos, talvez valha deixar a equipe sem pivô tradicional) e escolher um entre Harrell e Drummond para ser o reserva de acordo com o matchup, mantendo o outro fora da rotação. 

O Lakers saudável é um franco candidato ao título, mas não há muito o que dizer sobre essa versão. A equipe quando comandada por LeBron e Davis devasta os adversários, assim como equipes do topo do Oeste. Por outro lado, sem eles, o time não funciona. Supondo que ambos estejam saudáveis nos playoffs e a rotação de pivôs seja bem encaixada, vejo o time angelino com boas chances de conquistar o bicampeonato. Mas vale também destacar que, provavelmente, o Lakers terá um caminho bem difícil, tendo que talvez passar por um play-in e, certamente, enfrentar uma equipe top 3 da conferência, ou seja, outro time que briga pelo título, logo na primeira rodada.

* Por Matheus Gonzaga e Pedro Toledo (Layups & Threes)

Jumper Brasil
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