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Sem pressa para a F1, holandesa da Red Bull mira título alemão em 2013

Aos 18 anos, Beitske Visser é a primeira mulher a correr contando com o apoio do Red Bull Junior Team; acostumada a competir contra garotos, a promissora holandesa descarta pressão por resultados, mas mira título da Fórmula Masters ADAC já nesta temporada

30 abr 2013 - 09h12
(atualizado às 11h30)
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No último dia 4, a Red Bull anunciou novidades em seu projeto de formação de pilotos nas categorias de base de automobilismo, o chamado Red Bull Junior Team. Entre nomes que já contam com relativo destaque, como o português António Felix da Costa (Formula Renault 3.5), uma contratação chamou a atenção da imprensa especializada: a holandesa Beitske Visser, 18 anos, primeira mulher a integrar as categorias de base da Red Bull Racing.

Visser é uma aposta, mas seu início no automobilismo tem sido promissor. A holandesa estreou no kart aos 5 anos, chegando rapidamente aos níveis mais competitivos dos campeonatos do país e da Europa. Assim, em 2012, ganhou uma chance de disputar a Fórmula Masters ADAC (equivalente alemã da Fórmula Renault) e não decepcionou: correndo pela equipe Lotus/MotoPark, terminou o ano no oitavo lugar, com 109 pontos – o campeão foi o alemão Marvin Kirchhöfer, um de seus companheiros de equipe, que somou 329 pontos.

<p>Em 2013, Beitske Visser disputará segunda temporada da Fórmula Masters ADAC; agora, como uma das favoritas ao título</p>
Em 2013, Beitske Visser disputará segunda temporada da Fórmula Masters ADAC; agora, como uma das favoritas ao título
Foto: Twitter

Ao longo da temporada de estreia, Beitske Visser conquistou duas vitórias (em Zandvoort, na Holanda, e em Lausitzring, na Alemanha), além de uma pole position (também em Lausitzring). No entanto, acidentes nas mesmas etapas (cada uma delas é composta de três corridas) obrigaram a ascendente holandesa a ficar de fora de duas das oito etapas do ano: Sachsenring (que teve uma de suas três corridas cancelada em virtude de outro acidente) e Nurburgring, ambas na Alemanha.

“Foi uma temporada de altos e baixos. Eu tive dois grandes acidentes e perdi algumas corridas por causa disso. Mas também tive duas grandes vitórias, que foram muito boas. Estou concentrada principalmente nas coisas boas e em melhorar a partir daí”, disse a holandesa, em entrevista ao Terra.

Com o apoio da Lotus na equipe MotoPark, Beitske esteve bem perto de migrar para a Fórmula 3 alemã. No entanto, com o suporte da Red Bull, a holandesa da Lotus/MotoPark permaneceu na Fórmula Masters ADAC para 2013, na qual correrá ao lado de outros três pilotos – entre eles, o sul-africano Callan O'Keeffe, também integrante do Red Bull Junior Team e único piloto de fora da Europa a disputar a competição em 2013. E o mais importante: com tamanho suporte, passa a figurar entre as favoritas ao título da competição.

Agora em um projeto que já revelou nomes como Sebastian Vettel, Christian Klien, Robert Doornbos, Vitantonio Liuzzi, Scott Speed, Sebastien Buemi, Jaime Alguersuari, Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne, dentre outros nomes que também chegaram à Fórmula 1, Beitske Visser dá um passo importante para chegar à meca do automobilismo mundial. Porém, com muita naturalidade, evita ainda falar em F1 e garante: não sente a diferença na disputa entre homens e mulheres. Confira:

Terra – Você está chegando a um time muito importante em seu caminho a categorias maiores – em especial, à Fórmula 1. Quais são seus objetivos agora, já para a temporada 2013, e para os próximos anos?

Beitske Visser - Para este ano, meu objetivo é vencer o campeonato (de Fórmula Masters ADAC). Depois disso, vamos ver os próximos passos. Mas, certamente, o objetivo sempre é vencer o maior número possível de corridas.

Terra – Com o apoio da Red Bull para sua carreira, você se sente lidando com mais pressão por resultados? Você já sentiu alguma diferença na equipe?

Beitske - Não. Sempre coloquei pressão sobre mim. Quero vencer, então a pressão é a mesma agora – só que vem de mais pessoas.

<p>''Para este ano, meu objetivo é vencer o campeonato (de Fórmula Masters ADAC); depois disso, vamos ver os próximos passos'', disse holandesa, sem mencionar planos para a F1</p>
''Para este ano, meu objetivo é vencer o campeonato (de Fórmula Masters ADAC); depois disso, vamos ver os próximos passos'', disse holandesa, sem mencionar planos para a F1
Foto: Twitter
Terra – Qual a importância para você de ser a primeira mulher pilotando pelo Red Bull Junior Team?

Beitske - Não importa se é um garoto ou uma garota. A única coisa que importa é vencer.

Terra – Nós temos visto muitas garotas em categorias de acesso nos últimos tempos, mas nenhuma delas alcançou uma vaga de titular na Fórmula 1, por exemplo. Você acha que mulheres que pilotam têm menos apoio de times de F1 do que merecem?

Beitske - Há menos mulheres do que homens pilotando, e também há muitos jovens pilotos fazendo um bom trabalho em categorias de acesso que não chegam à Fórmula 1. É importante que você continue melhorando, e ter as pessoas certas a sua volta.

Terra – Por último: qual é a pergunta mais repetitiva que uma mulher no automobilismo tem que responder para a imprensa?

Beitske - A questão mais perguntada é como é para uma garota pilotar entre os garotos.

Terra – E como é?

Beitske - Para mim, é normal. Tenho corredor contra garotos desde os 5 anos, então não conheço diferenças.

Fonte: Terra
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