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NASCAR avalia mudanças nos playoffs e mais inovação técnica

Presidente Steve O’Donnell discute ajustes no formato do campeonato e maior liberdade para equipes no carro Next Gen em 2026

10 out 2025 - 10h54
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NASCAR pode mudar o formato dos Playoffs para 2026
NASCAR pode mudar o formato dos Playoffs para 2026
Foto: Reprodução / NASCAR.com / Sean Gardner

Em entrevista exclusiva ao programa Dale Jr. Download, o presidente da NASCAR, Steve O’Donnell, revelou planos para revisar o formato dos playoffs e permitir maior inovação técnica no carro Next Gen a partir de 2026. Ele abordou preocupações com o atual sistema de campeonato e a necessidade de valorizar pilotos consistentes, além de abrir espaço para equipes desenvolverem soluções próprias, algo limitado pelo caráter padronizado do carro atual.

Sobre o formato dos playoffs, O’Donnell afirmou que qualquer anúncio oficial será feito somente após o término da temporada de 2025. “Temos regras definidas para este ano. Não quero tirar o foco de quem vencer o campeonato. Essas foram as regras, todos sabiam. Vamos correr, e quem ganhar, eu vou apoiar aquele piloto e equipe e dizer que esse é o nosso campeão”, disse. Ele indicou, no entanto, que a NASCAR considera abandonar o modelo atual, que define o campeão em uma única corrida na final. O dirigente destacou conversas com o piloto Christopher Bell, que expressou preocupações com o sistema. “Christopher Bell me faz pensar sobre isso. Ele dá uma opinião honesta, dizendo: ‘se eu conseguir 10 vitórias em um ano e, em uma corrida, outros caras me acertarem, eu não sou o campeão’. Não quero que o próximo Christopher Bell, que tem 10 anos agora, pense que o campeonato é uma questão de sorte em uma única corrida”, afirmou O’Donnell. Bell já defendeu publicamente um formato baseado em pontos acumulados ao longo de toda a temporada, algo não utilizado pela NASCAR desde 2003.

2003 foi a última temporada dos “pontos corridos” na Cup Series
2003 foi a última temporada dos “pontos corridos” na Cup Series
Foto: Reprodução / NASCAR.com / Jamie Squire

O presidente também expressou incômodo com o fato de os playoffs dominarem as discussões em todas as corridas, ofuscando histórias relevantes da temporada. Ele citou exemplos como a vitória de Harrison Burton, que venceu em Daytona após saber que perderia seu assento na equipe, e a sequência histórica de vitórias de Shane van Gisbergen em circuitos mistos, ambas reduzidas a debates sobre a legitimidade de suas vagas nos playoffs. Sobre a Daytona 500, O’Donnell destacou: “Penso em como essa corrida é grande, e uma das narrativas é ‘ele está nos playoffs’. É a Daytona 500. Sim, ele está nos playoffs, mas gosto que você tenha que vencer. Isso mudou a forma de correr. Ninguém pode questionar que a necessidade de vencer mudou o estilo de corrida.” Ele reconheceu, porém, que o formato atual foi criado com a participação de todos os envolvidos na categoria. “Todos assinaram isso. O que quero é que, onde quer que cheguemos, comuniquemos isso claramente, mas precisamos que a indústria aceite. Os pilotos precisam sentir que têm uma chance justa”, completou.

Outro ponto abordado foi a possibilidade de mudanças no carro Next Gen, criticado por sua padronização, que restringe a capacidade das equipes de inovar. O’Donnell sinalizou que a NASCAR está aberta a rever essa abordagem. “Estamos sempre abertos a mudanças. O que todos gostam é a possibilidade de um time ajustar o carro, encontrar uma vantagem, fazer algo diferente. Agora que controlamos os custos, podemos pensar em equipes fabricando peças novamente ou em abrir espaço para novas tecnologias”, afirmou. Ele destacou a importância de recuperar a identidade das equipes e mencionou discussões sobre permitir que times, como a Roush, desenvolvam componentes específicos. “Fizemos muito para melhorar a confiança entre nosso grupo de competição e as equipes. Antes, financeiramente, não fazia sentido, e havia pouca confiança. Agora, essas conversas estão acontecendo. Talvez a Roush faça uma peça, talvez outra equipe faça outra”, disse.

O’Donnell também abordou o controle de custos, um dos objetivos iniciais do carro Next Gen. “Tivemos que parar o gasto excessivo. Agora, com uma base estabelecida, podemos focar em melhorar a competição. Um engenheiro pode ajustar algo no carro, ou um fabricante pode dizer: ‘essa é a minha propriedade intelectual, quero trazer algo novo’”, explicou. Ele sugeriu que a NASCAR poderia considerar um teto de gastos no futuro, permitindo mais liberdade técnica sem comprometer a sustentabilidade financeira da categoria.

As propostas de O’Donnell visam equilibrar a competitividade, valorizando o desempenho consistente dos pilotos, e devolver às equipes a possibilidade de inovação, algo que marcou a história da NASCAR. As mudanças, segundo ele, serão discutidas com pilotos, equipes e fabricantes para garantir o apoio de toda a indústria.

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