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Red Bull e Ferrari iniciam 2022 em pé de igualdade. E qualquer detalhe vira crucial

Em duas corridas, Red Bull e Ferrari já indicam que tom da temporada 2022 da Fórmula 1 deve ser de equilíbrio. Aproveitar as pequenas brechas será ideal para Max Verstappen e Charles Leclerc

31 mar 2022 - 04h01
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Max Verstappen venceu duelo com Charles Leclerc e fez a festa da Red Bull
Max Verstappen venceu duelo com Charles Leclerc e fez a festa da Red Bull
Foto: Red Bull Content Pool / Grande Prêmio

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Com duas corridas em dois domingos consecutivos, a nova era da Fórmula 1 começou a dar os indícios de como será a briga pelo título na temporada 2022. É entre Ferrari e Red Bull, e muito provavelmente entre Charles Leclerc e Max Verstappen. Ainda há um longo caminho pela frente e muitas portas abertas para reviravoltas, mas o que foi visto no Bahrein e na Arábia Saudita é simples: mínimos detalhes podem definir o campeão aqui.

O cenário em Jedá foi um exemplo perfeito. Charles Leclerc liderou todas as sessões de treinos livres e parecia o favorito para a pole-position com a Ferrari, mas viu um surpreendente Sergio Pérez, de Red Bull, faturar o primeiro posto. Claro que a surpresa existiu pelo mexicano jamais ter anotado uma pole na Fórmula 1, mas esteve muito próximo da dupla da Ferrari na maior parte do tempo, e bastou um momento de perfeição para sair na frente.

Na corrida, a largada foi crucial para Max Verstappen, que tirou Carlos Sainz da frente e pulou de quarto para terceiro. A partir daquele momento, ninguém praticamente passou ninguém, em uma corrida que foi marcada por outras disputas ao longo do pelotão. Isso porque o equilíbrio de Red Bull e Ferrari é tão grande que, se todos correrem o máximo que puderem e sem equívocos, há uma margem muito pequena para ganhar em cima do outro.

Charles Leclerc e Max Verstappen travaram batalha tática em Jedá (Foto: F1)

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Eventualmente, o safety-car, nas versões físicas e virtual, interferiu para movimentar a corrida. Verstappen, por exemplo, conseguiu entrar dentro da zona de DRS de Leclerc nas voltas finais, ponto crucial para roubar a vitória em Jedá, que tinha cara de que não aconteceria depois que Charles assumiu a ponta após a batida de Nicholas Latifi, se valendo do azar de Sergio Pérez, que tinha parado uma volta antes.

No Bahrein, a Ferrari claramente tinha o melhor ritmo, e isso deve acontecer em algumas das próximas corridas, assim como a Red Bull deve tomar as rédeas do pelotão em determinadas pistas. Em outras, o nível de equilíbrio de Jedá pode muito bem se repetir, e é nos pequenos detalhes que Leclerc e Verstappen podem se sobressair um ao outro. A sorte com safety-cars, uma estratégia mais ousada, colaboração dos seus respectivos companheiros de equipe e por aí vai.

"A Ferrari tem um carro mais completo. É rápido em todas as circunstâncias, com qualquer pneu e sob qualquer temperatura. Nosso carro é pesado demais. Se você ultrapassa o peso mínimo por 10 quilos, perde ao redor de três décimos e meio a quatro décimos em uma pista como a da Arábia Saudita", disse Helmut Marko, consultor da Red Bull e ressaltando o equilíbrio das duas.

Hoje, Charles carrega 20 pontos de frente para Max por conta do abandono do holandês no Bahrein. Por mais óbvio que pareça, qualquer erro e qualquer quebra vai doer demais em uma briga pelo título que promete ser animada e equilibrada do início ao fim. É bom lembrar que restam 21 corridas e muita coisa ainda pode acontecer, mas o cenário da nova Fórmula 1 entrega algo parecido com a de 2021: os ganhos e perdas mínimas serão cruciais.

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