Newey e Verstappen na Aston Martin? É o que querem os arabes
Segundo italianos, apoio da Aramco e ligações com a Honda podem fazer Newey e Verstappen vestirem verde a partir de 2026.
Não é de hoje que vemos o avanço árabe sobre a F1. Até escrevemos aqui neste espaço sobre o possível interesse saudita em adquirir a F1, algo que foi negado pela Liberty Media. Entretanto, outras frentes permanecem abertas e muito vivas...
Além do Fundo Soberano Saudita, outra instituição muito ativa tem sido a Aramco, simplesmente a maior empresa petrolífera do mundo. Somente em 2023 a organização teve um lucro de mais de US$ 121 bilhões, o segundo maior de sua história (só atrás dos US$ 161 bilhões de 2022). Vendo por este aspecto, dinheiro definitivamente não é um problema.
Dentro da visão de expandir sua marca e entrar em outros campos indo além do petróleo, a Aramco se tornou parceira da F1 não somente como uma de suas principais patrocinadoras (estima-se um valor de US$ 45 milhões/ano), bem como é a principal fonte de renda do GP da Arabia Saudita (despeja US$ 60 milhões por edição). Além disso, tem capitaneado o desenvolvimento da gasolina a ser usada em 2026, dentro do esforço de tornar a F1 mais “verde”, adotando tecnologias sustentáveis.
Não satisfeita, a Aramco se juntou à Aston Martin. Inicialmente, como patrocinadora. Aos poucos, a petroleira foi tomando espaço, sendo atualmente a apoiadora principal do time, colocando seu nome oficialmente na marca oficial da equipe a partir esta temporada.
Porém, não é de hoje que se fala em uma possível participação da petroleira na equipe Aston Martin. Desde 2021, quando entrou como apoiadora, a possibilidade de assumir parte do capital do time já aparecia nos documentos oficiais da empresa entregues ao governo britânico. Àquela altura, já se previa a possibilidade da Aramco assumir 10% da Aston, como pode ser visto abaixo e nós falamos em um texto de 2022
No ano passado, parte das ações foram vendidas ao fundo Actros e abre a possibilidade para que novos parceiros pudessem entrar, principalmente para ajudar a bancar todo o investimento feito na construção da nova fábrica, que deve ser concluída este ano, e para consolidar a Aston Martin como uma efetiva equipe de ponta. A Aramco se encaixa aqui com perfeição e não seria leviano dizer que poderemos ter um anuncio brevemente neste sentido.
Após a confirmação do acordo com a Honda para fornecimento de motores a partir de 2026 (ainda não sendo claro se em regime de exclusividade), a Aston Martin tem sido considerada um potencial contendor para o futuro. Uma das notícias que tem circulado é que o time está de olho na confusão da Red Bull e consideraria fazer uma proposta para Max Verstappen e Adrian Newey, segundo traz o site formu1a.uno .
Como até escrito alguns dias atrás em meu perfil no X, a vinda de Max Verstappen para a Aston Martin faria sentido, pois seria um piloto campeão, algo que o time inglês tem feito desde o seu início, e teria o apoio da Honda, que tem Verstappen em alta conta, especialmente depois de todo o desempenho de 2019 para cá.
Adrian Newey seria a cereja do bolo para comandar um time técnico que conta com algumas caras conhecidas da Red Bull. Sem contar que ambos têm um passado em comum: Newey foi o responsável pelo projeto do Valkyrie, hiper carro da marca e que fará sua estreia no WEC e no IMSA em 2025.
Junte a confusão na Red Bull com o possível caminhão de dinheiro que a Aramco estaria disposta a desembolsar...é um cenário que não soa tão louco que aparece no horizonte. Mas a Aston Martin mira outros alvos e um deles foi James Allison, que acabou renovando com a Mercedes (informação trazida pelos amigos do formu1a.uno).
A ver os próximos capítulos de toda esta história. Além de constatar que dinheiro talvez não traga felicidade, mas que traga vitórias e títulos à Aston Martin... É o que espera Lawrance Stroll e a Aramco...