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Mercedes admite que parou Hamilton cedo demais e dificultou caça a Alonso na Hungria

Mike Elliott, diretor-técnico da Mercedes, afirmou que a estratégia certa seria realizar a segunda parada de Hamilton nos boxes duas voltas mais tarde

5 ago 2021 - 08h02
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Hamilton chegou em terceiro e bastante desgastado
Hamilton chegou em terceiro e bastante desgastado
Foto: AFP / Grande Prêmio

O que a Mercedes deveria ter feito? A discussão sobre a estratégia da equipe para Lewis Hamilton ao longo do caótico GP da Hungria do último fim de semana ficou em voga pelo fato do heptacampeão não ter tido tempo suficiente para alcançar Esteban Ocon e desafiar a primeira vitória da Alpine na Fórmula 1. O próprio Hamilton afirmou que a decisão da primeira parada nos boxes foi um erro, mas há quem também ache que houve equívoco na segunda.

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Logo no começo, na relargada após a bandeira vermelha causada por Valtteri Bottas, todo mundo ficou nos boxes para trocar pneus intermediários por macios, enquanto Hamilton largou sozinho no grid. Quando parou, na volta seguinte, ficou com a última colocação. Esse é um erro que a equipe sabe que cometeu.

Entretanto, na volta 47 de 70, Hamilton foi chamado por um segundo pit-stop. Com velocidade boa, chegou a Fernando Alonso poucas voltas depois e ficou preso por dez voltas - o que, de fato, impossibilitou a vitória. De acordo com o diretor-técnico da Mercedes, Mike Elliott, as coisas poderiam ser bem diferentes se Hamilton tivesse sido chamado aos boxes duas voltas após, no 49º giro.

Lewis Hamilton chegou a andar em último, mas recuperou-se e ficou em terceiro
Lewis Hamilton chegou a andar em último, mas recuperou-se e ficou em terceiro
Foto: AFP / Grande Prêmio

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"Talvez as pessoas pensem que se tivéssemos chamado Lewis antes, ele teria mais possibilidade de brigar pela vitória no fim da corrida. A realidade do que estávamos fazendo era tentar maximizar a diferença dos pneus. Na Hungria é muito difícil ultrapassar e, se tivéssemos entrado antes, a diferença dos pneus em relação a Alonso seria muito menor e tornado a ultrapassagem muito mais difícil", comentou no Debrief, o programa disponibilizado pela Mercedes no YouTube após cada corrida.

"Se tivéssemos ficado um pouco mais de tempo, que olhando em retrospectiva é o que devíamos ter feito, teríamos aumentado a nossa diferença de dez para 12 voltas. Como resultado, talvez conseguíssemos passar Alonso mais rapidamente e fosse possível brigar pela vitória", seguiu.

"A outra vantagem de ficar mais tempo na pista teria sido andar com pneus mais novos que os de Sainz - Lewis logo chegou nele, mas só tinha um par de voltas para atacar na frente. Se tivéssemos dado a ele mais algumas voltas para atacar, talvez as coisas ficassem mais fáceis para Lewis como resultado. Teria feito com que Alonso desgastasse mais os pneus [antes de Hamilton encostar], tirado a vida útil deles, o que nos ajudaria", finalizou.

Hamilton terminou a corrida na terceira colocação após superar Alonso e Carlos Sainz, mas acabou impulsionado ao segundo lugar após a FIA anunciar a desclassificação do segundo colocado, Sebastian Vettel, por não entregar combustível suficiente para análise. A Aston Martin, porém, apelou da decisão. Por isso, o resultado do GP da Hungria ainda está indefinido oficialmente. O certo é que Esteban Ocon venceu. A F1 volta somente no fim de agosto, com o GP da Bélgica.

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