Fã de videogame, De la Rosa tenta salvar simulador de R$ 12 mi da Ferrari
Anunciado na última quinta-feira como nova contratação da Ferrari, Pedro de la Rosa tem como principal missão ajudar no desenvolvimento do simulador da equipe. Segundo publica o jornal espanhol El País, essa tecnologia na fábrica de Maranello é um “trambolho” avaliado em 4,5 milhões de euros (R$ 12,2 milhões) e mostra um rendimento inferior às de equipes rivais da Fórmula 1 como a McLaren.
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De la Rosa, 41 anos, estava sem emprego desde que a HRT fechou as portas. Ele foi piloto reserva da McLaren entre 2003 e 2009 e em 2011, período no qual trabalhou na sede de Woking. Nas palavras do diário, a equipe inglesa tem o simulador “mais avançado da F1"; em uma comparação, trata-se do “PlayStation mais caro e evoluído do mundo”.
“Desafiar Pedro de la Rosa em uma partida de videogame de corridas de carro supõe perder de antemão”, escreve o diário, argumentando que, além de acumular essa experiência no simulador da McLaren, o espanhol é muito bom nos jogos e “um virtuoso dos carros de controle remoto” – já foi campeão da Europa nessa modalidade.
Na época em que defendia a equipe inglesa, De la Rosa contava que em alguns dias tomava um avião “na primeira hora da manhã”, chegava à fábrica de Woking e se colocava no simulador “durante sete ou oito horas com uma pausa para comer”. Depois, o piloto nascido em Barcelona rumava para o aeroporto e às 10h já estava de novo em casa.
O simulador, junto ao túnel de vento, é uma das ferramentas mais importantes da F1 atual, que limita o número de testes tanto na pré-temporada quanto durante o campeonato. O aparato deve oferecer a leitura mais confiável possível para uma revisão concreta do carro em condições previamente estabelecidas (dependendo do circuito, do clima e de outras circunstâncias). Isso permite aos engenheiros ter uma ideia sobre o rendimento de novas peças que podem ser introduzidas no carro.
O diário ressalta que a McLaren tem um simulador superior por investir mais dinheiro na tecnologia, que já está na terceira versão na equipe. Enquanto isso, a Ferrari tem o equipamento administrado pela companhia Factor; o produto final em Maranello é uma plataforma de duas toneladas de peso suspensa por vários braços hidráulicos ancorados ao chão, que se movem seguindo as variáveis introduzidas pelos 10 supercomputadores que o controlam.
O preço aproximado do aparato ferrarista é de 4,5 milhões de euros (R$ 12,2 milhões). O diário recorda que qualquer fã da velocidade que queira experimentar a sensação de estar em um volante de um carro de corridas pode adquirir uma versão mais simples do equipamento. O piloto espanhol Fernando Alonso, por exemplo, tem uma dessas em sua residência, em Oviedo, avaliada em 300 mil euros (R$ 815,9 mil).