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F1: 5 vezes que a Ferrari contratou multicampeões

A confirmação de Lewis Hamilton na Ferrari é mais um capítulo na equipe italiana na contratações de multicampeões para seus carros.

1 fev 2024 - 20h23
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Resumo
A Ferrari sempre fez contratações de pilotos vencedores para seus carros. Juan Manuel Fangio (1956), Alain Prost (1990), Michael Schumacher (1996), Fernando Alonso (2010) e Sebastian Vettel (2015) foram alguns dos multicampeões da F1 contratados pela equipe italiana.

Com a confirmação da vinda de Lewis Hamilton para a Ferrari a partir de 2025, a equipe italiana escreve mais uma página de sua história contratando multicampeões de F1 para seus carros. Vamos recordar quais foram os pilotos vitoriosos que passaram antes pela Ferrari

Juan Manuel Fangio (1956)

Fangio com a Ferrari D50 em ação
Fangio com a Ferrari D50 em ação
Foto: Ferrari

Com a retirada da Mercedes das competições, o argentino, então tricampeão, se viu sem equipe. Como era extremamente competitivo, se pôs em busca de uma vaga. Só que as opções disponíveis não eram muito animadoras...

Naquele momebnto, a melhor vaga disponível era a Ferrari, que naquele ano usaria o D50, carro desenvolvido pela Lancia, mas que estava em situação falimentar. Fangio e Enzo Ferrari se detestavam, porém um sabia o valor do outro. Por isso, foram pragmáticos e acertaram um acordo para temporada de 1956.

Fangio venceu 3 das 8 provas do campeonato, incluindo as 500 Milhas de Indianápolis e a vitória dividida com Luigi Musso na Argentina. Com o resultado, bateu Stirling Moss e obteve seu quarto título. Ao final da temporada, se transferiu para a Maserati

Alain Prost (1990)

Prost rumo à 100ª vitória da Ferrari na F1 em Paul Ricard
Prost rumo à 100ª vitória da Ferrari na F1 em Paul Ricard
Foto: Ferrari / Divulgação

Este era um casamento de que se esperava muito. Se sentindo sem espaço na McLaren por achar que o time a Honda davam mais atenção à Senna, Prost anunciou antes do GP da Itália de 1989 que estaria se transferindo para a Ferrari em 1990.

Foi uma jogada que chamou a atenção. Naquele momento, a Ferrari estava em plena reestruturação técnica e o 640 mostrou que tinha potencial de ser vencedor. Prost acordou um contrato de 3 anos e vários milhões na conta. Em 1990, teria Nigel Mansell como companheiro e levaria o numero 1 para Maranello.

O 641/2 se mostrou extremamente competitivo e a sequencia de 3 vitórias no meio do campeonato (Mexico, França e Grã Bretanha) deu expectativas de que a Ferrari poderia voltar a vencer um campeonato de pilotos, coisa que não acontecia desde 1979 com Jody Scheckter.

Só que a Ferrari se perdeu no desenvolvimento e a McLaren juntamente com a Honda conseguiram melhorar o MP 4/5B e Senna teve duas vitórias cirurgicas em Spa e Monza. A batida no Japão entre Senna e Prost, numa devolução do ano anterior, decidiu o título em favor do brasileiro

Em 1991, a Ferrari optou por desenvolver o bom carro do ano anterior e trouxe o 642. Tendo agora Jean Alesi como companheiro, Prost foi o destaque dos testes de pré-temporada. Só que a Ferrari mais uma vez se perdeu na política e botou os pés pelas mãos. Uma série de brigas entre Prost e Cesare Fiorio, então chefe de equipe, teve seu auge em Imola, onde o francês rodou na volta de apresentação.

Prost venceu a queda de braço e Fiorio foi demitido. Um novo carro veio na França, o 643, mas só mostrou possibilidades e não certezas. O clima desandou de uma vez quando Prost comparou o seu carro a um caminhão após o GP do Japão. Resultado: Prost foi demitido antes do GP da Austrália e teve seu contrato rescindido.

Prost e a 643: um inicio esperançoso, mas um final terrível
Prost e a 643: um inicio esperançoso, mas um final terrível
Foto: Ferrari / Divulgação

Michael Schumacher (1996)

O início da missão: Schumacher e o F310
O início da missão: Schumacher e o F310
Foto: Ferrari

Esta foi uma jogada que surpreendeu a F1 na época. Schumacher havia ganho os títulos de 1994 e 1995 pela Benetton e era considerado a mais nova estrela da F1. A Ferrari resolveu oferecer mundos e fundos ao alemão, em um formato que muitos diziam que foi oferecido a Ayrton Senna.

O projeto sempre foi em torno de Schumacher. E ele foi trabalhando em cima. 1996 foi um ano terrível, enquanto 1997 e 1998 fez o possível, mas acabou perdendo. A partir daí, fez força e trouxe o time técnico vencedor da Benetton: Ross Brawn e Rory Byrne.

1999 poderia ter sido dele se não fosse uma perna quebrada em um acidente em Silverstone, o que fez perder 6 provas. Mas em 2000, tudo correu bem e Schumacher venceu o campeonato de pilotos, acabando com o jejum. Não satisfeito, emendou mais 4 títulos em sequência. Deixou a equipe em 2006, marcando uma bela história.

Fernando Alonso (2010)

Alonso e Massa na apresentação da Ferrari F10
Alonso e Massa na apresentação da Ferrari F10
Foto: Ferrari

Esse era um casamento de que se esperava muito. Tido como um dos melhores da sua geração, Alonso chegou à Maranello cercado de muita expectativa. Após um pesadelo na McLaren e uma passagem razoavelmente discreta na Renault, o espanhol queria fazer história.

2010, quase que deu certo de início: Alonso conseguiu 5 vitórias e chegou na frente do campeonato na última etapa, em Abu Dhabi. Só que ficou preso a corrida quase inteira de Vitaly Petrov, então na Renault, e perdeu o título por 4 pontos para Sebastian Vettel...

Alonso ainda teve mais 2 vice-campeonatos em 2012 e 2013, mais uma vez perdendo para Sebastian Vettel. Após o péssimo campeonato em 2014 no início da era híbrida, o espanhol se aventurou ao projeto McLaren/Honda. Mais um caso de uma possibilidade que poderia ter sido, mas não aconteceu...

Sebastian Vettel (2015)

Vettel vencendo na Malásia em 2015. Parecia promissor, mas...
Vettel vencendo na Malásia em 2015. Parecia promissor, mas...
Foto: F1

Após 4 títulos em sequência pela Red Bull, Sebastian Vettel decidiu tentar novos ares. Após sofrer com o motor Renault no início da era hibrida em 2014, o alemão resolveu abraçar o desafio de ir para a Ferrari. Embuído do espírito, Vettel chegou até aprender italiano para poder se integrar ao time e agradar a torcida.

Só que a realidade bateu à porta e o máximo que Vettel conseguiu foram 2 vice-campeonatos :2017 e 2018. Neste último, a Ferrari parecia ter condições de dispoutar o título, mas a escapada na pista molhada em Hockhenheim foi definidora para que embicasse para baixo e perdesse as possibilidades de título.

2019 chegou e um novo companheiro: Charles Leclerc no lugar de Kimi Raikkonen. A mudança foi pensada para iniciar uma nova jornada e, quem sabe provocar uma reação de Vettel. Só que o alemão se perdeu na tentativa de ser tudo um pouco no time e resolver por si próprio, além de não se adaptar ao carro. 2020 foi outro ano terrível e, sem espaço no time, recebeu o aviso de que seu contrato não seria renovado ao final daquela temporada. Um fim melancólico.

Parabólica
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