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Medicina do Esporte

Lesões podem ser curadas com baixas temperaturas; entenda

7 nov 2012 - 07h47
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Muito utilizada por corredores e também atletas profissionais de outras modalidades, a crioterapia é um método terapêutico no qual partes do corpo são submetidas a baixas temperaturas com o objetivo de tratar lesões ou mesmo recuperar a musculatura após uma prova ou treino, principalmente de grande intensidade. Esse tipo de terapia prevê a aplicação do frio, em forma de água, gelo ou mesmo gás, para remover o calor corporal e diminuir a temperatura dos tecidos. "O efeito dessa aplicação é a vasoconstricção e a consequente diminuição do aporte sanguíneo, o que provoca redução das dores e relaxamento da musculatura", afirma David Homsi, especialista em fisioterapia esportiva e musculoesquelética, dizendo que a utilização medicinal do gelo como terapia vem desde a antiguidade.

A crioterapia é um método terapêutico no qual partes do corpo são submetidas a baixas temperaturas com o objetivo de tratar lesões ou mesmo recuperar a musculatura
A crioterapia é um método terapêutico no qual partes do corpo são submetidas a baixas temperaturas com o objetivo de tratar lesões ou mesmo recuperar a musculatura
Foto: iStockphoto.com / Terra

O fisioterapeuta explica que o efeito sobre a dor se dá por conta da velocidade da condução nervosa, que diminui proporcionalmente ao resfriamento. Com isso, a terapia é indicada para tratar fraturas, consolidadas ou em fase de consolidação, e pós-lesões traumáticas, como entorses e luxações. Após os treinos ou provas, ressalta Homsi, os benefícios da aplicação incluem diminuição da tensão muscular, relaxamento, analgesia, melhora na circulação e incremento na força e resistência dos músculos. "A intensidade do treino não é fator determinante para a aplicação, pois mesmo um treino não muito intenso pode causar dores em decorrência dos que foram realizados anteriormente", salienta.

A temperatura ideal para a aplicação, de acordo com o fisioterapeuta, é de 12° C, e o tempo pode variar de 3 a 5 minutos. As formas mais usuais são por meio de imersão em água com gelo ou bolsas de gelo - neste caso é preciso cuidado em relação à técnica adequada e ao tempo excessivo, pois pode causar lesões no tecido. "No caso da imersão aplicada aos pés, é possível que haja uma isquemia (diminuição do suprimento sanguíneo) e o corredor não sinta as pontas dedos, por conta das poucas terminações nervosas existentes nessa parte do corpo. Nesse caso, uma boa saída é utilizar uma proteção cirúrgica na ponta dos dedos", comenta.

Segundo Homsi, a crioterapia pode ser feita por qualquer pessoa, desde que orientada por um fisioterapeuta ou pelo treinador. Isso porque há algumas restrições em relação à aplicação, que não deve ser feita na área do aparelho reprodutor ou perto de grandes vasos ou artérias. Há ainda contraindicações, quando há alguma ferida aberta no local ou em pessoas com algum tipo de lesão nervosa que diminua a sensibilidade. Também não é recomendada em casos de infecções de pele e gastrointestinais, sintomas agudos de trombose venosa profunda, doença sistêmica e tratamento radioterápico em andamento.

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Fonte: Terra
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