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Rejeitado pela torcida, ex-cruzeirense "quita" dívida com gol decisivo

11 jul 2013 - 01h36
(atualizado às 01h37)
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Quando o atacante Guilherme entrou no lugar de Bernard, aos 33min do segundo tempo da partida contra o Newell’s Old Boys, muitos torcedores alvinegros passaram a mão na cabeça e logo pensaram: “eu não acredito, com Guilherme não dá.” Por ironia, esta descrença com o autor do segundo gol do Atlético-MG era a negação justamente da frase que foi cantada durante toda a partida: “eu acredito!”

A desconfiança com o jogador era tanta que no primeiro lance de Guilherme, um chute cruzado que quase entrou na meta do goleiro Gusman, o narrador Mário Henrique “Caixa”, da Rádio Itatiaia, logo disparou: “O Guilherme bem que podia justificar todos os salários que recebeu no Atlético até hoje,”.

Pois o maranhense Guilherme não somente justificou os salários que ganhou até aqui, com o gol marcado aos 39min do segundo tempo, como também se apresentou para cobrar um dos pênaltis e, com muita categoria e confiança, marcou. Quando a vitória foi concretizada, ainda em campo para comemorar, ele desabafou: "isso tudo tem um significado especial para mim, por tudo que tenho vivido aqui, porque fui revelado pelo Cruzeiro. Isso sempre era lembrado e eu precisava dar sacudida. Não tinha oportunidade melhor que essa para isso acontecer", destacou.

Guilherme também foi lembrado e muito elogiado por seus companheiros. "Ele batalha, luta, passou por turbulências no clube, mas continua firme", afirmou Bernard. "Ele vem sofrendo críticas injustas, mas a gente sabe do potencial e da qualidade que ele mostrou hoje. Vai sair nos braços da torcida hoje", apostou o herói Victor.

A desconfiança da torcida alvinegra com Guilherme começou logo que ele chegou à Cidade do Galo, há dois anos. E principalmente pelo fato do atacante ter despontado no maior rival, o Cruzeiro. Em 2007, ele fez um dos gols na segunda partida da final do Campeonato Mineiro. Na época, o time celeste precisava devolver a goleada de 4 a 0 aplicada pelo Atlético no primeiro jogo, e Guilherme foi um dos destaques na insuficiente vitória por 2 a 0. No Campeonato Brasileiro de 2008 Guilherme se firmou e foi um dos melhores do Cruzeiro, na campanha comandada pelo técnico Dorival Júnior.

<p>Jogo do Atlético-MG só foi para os pênaltis por causa do gol de Guilherme</p>
Jogo do Atlético-MG só foi para os pênaltis por causa do gol de Guilherme
Foto: AP

O presidente Alexandre Kalil comprou Guilherme junto ao Dínamo de Kiev. Pagou US$ 8,5 milhões (R$ 14 milhões) na considerada maior contratação do Atlético. Com a chegada do técnico Cuca também há dois anos, o ex-cruzeirense ganhou força e viveu bons e maus momentos com a camisa alvinegra. Foi vaiado muitas vezes e chamado de “preguiçoso” pela torcida. Para muitos, o que lhe sobra em frieza e qualidade falta em vibração.

Ao entrar e marcar contra os argentinos do Newell’s Old Boys, Guilherme não somente quitou a dívida que cobravam dele, como também comprovou ter realmente as duas primeiras qualidades atribuídas a ele. De quebra, ajudou o Atlético a chegar à final da Copa Libertadores, feito inédito para o clube que busca há 42 anos um título de grande expressão

Fonte: Especial para Terra
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