Ainda sem convencer, Argentina enfrenta fantasma do 5º jogo

Das oito seleções que seguem vivas na Copa do Mundo, só a Argentina pode chegar até a final sem enfrentar um time campeão. Antes de pensar nas decisões, entretanto, os jogadores argentinos sabem que há uma fronteira psicológica à espera deles no próximo sábado, em Brasília, diante da Bélgica. Um trauma que já tem 24 anos de duração.

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Desde o Mundial de 1990, quando foi vice-campeã mesmo com futebol ruim, a Argentina não sabe o que é disputar sete partidas na Copa. Entre as cinco eliminações que ocorreram nesse percurso, três delas foram exatamente nas quartas de final. A Holanda, em 1998, e a Alemanha, em 2006 e 2010, foram os algozes.

Na derrota mais distante, a Argentina tinha Alejandro Sabella no banco de reservas. Auxiliar de Daniel Passarela, ele já se preparava para enfrentar a prorrogação em Marselha, mas foi surpreendido por um gol histórico de Dennis Bergkamp. Na matada, o holandês deixou Roberto Ayala para trás e anotou com classe contra o arqueiro Carlos Roa aos 44min.

Já nas últimas duas campanhas, a Argentina encontrou a Alemanha nas quartas de final e deu adeus em ambas as ocasiões. Em 2006, um tenso duelo em 0 a 0 acabou nos pênaltis com desempenho notável do goleiro alemão Jens Lehmann. Então treinador argentino, José Pekerman foi eliminado e agora volta ao mesmo estágio à frente da Colômbia.

Na África do Sul há quatro anos, os alemães novamente mandaram a Argentina para casa. Com Sergio Romero, Javier Mascherano, Angel Di María, Lionel Messi e Gonzalo Higuaín como titulares, o time então liderado por Diego Maradona levou uma goleada de 4 a 0 na Cidade do Cabo.

O que aumenta as preocupações para o fantasma do quinto jogo é a produção abaixo da expectativa para a Argentina. Apesar de ter conquistado quatro vitórias até aqui, a equipe de Alejandro Sabella sofreu contra adversários de categoria inferior na primeira fase. Diante da Suíça, novamente o triunfo foi conquistado à base de muito sofrimento.

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