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Árbitro da final da Copa, argentino Pitana foi jogador, segurança de boate e ator

13 jul 2018 - 19h28
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Jogador de futebol e de basquete, professor de educação física, ator em um filme argentino, socorrista e segurança de boate foram algumas das atividades desempenhadas por Néstor Pitana, escolhido para comandar a final da Copa do Mundo entre as seleções de Croácia e França, antes de ser árbitro.

Pitana durante jogo entre França e Uruguai
 6/7/2018    REUTERS/Carlos Barria
Pitana durante jogo entre França e Uruguai 6/7/2018 REUTERS/Carlos Barria
Foto: Reuters

"Na cabeça vêm lembranças, figuras, momentos, a família, amigos, os colegas que ajudaram para estar aqui. Estar na final é muito surpreendente e muito emocionante", disse Pitana em uma entrevista ao site da Fifa publicada nesta sexta-feira.

    O árbitro argentino de 43 anos teve que passar por um longo caminho para chegar onde se encontra hoje. Nascido em Corpus Christi, um povoado de 3 mil habitantes na província de Misiones, jogou basquete e futebol em vários clubes, apesar da oposição familiar.

No basquete, graças aos seu 1,92 de altura, participou de uma equipe provincial sub-18, enquanto no futebol jogou no Guaraní Antonio Franco e Textil Mandiyú, dois clubes que tiveram seus momentos de glória na Argentina entre as décadas de 1970 e 1990.

Em seguida, antes de se dedicar à arbitragem, estudou para dar aulas de educação física, atuou como um guarda prisional no filme "La Furia" (1997), trabalhou como socorrista e também como segurança de uma boate. Ele tinha os cabelos grandes abaixo da cintura, o que rendeu seu apelido de "Pé Grande".

Finalmente, em 2006, deixou o futebol e estreou como árbitro na liga de Misiones e depois passou por todas as categorias do futebol argentino, até chegar à primeira divisão em 2007.

    Em 2010, Pitana começou sua carreira internacional e em 2014 esteve na Copa do Mundo no Brasil, mas como a seleção de seu país chegou à final, não conseguiu cumprir seu sonho de apitar esta partida. No entanto, quatro anos depois terá sua chance.

"Poucas vezes senti algo assim na vida. Essa sensação, essa emoção. Talvez comparável ao momento em que me avisaram que seria pai", destacou o árbitro.

    Pitana apitou a partida inaugural da Copa do Mundo e outras três partidas no torneio.

Na final, ele estará acompanhando por seus compatriotas Hernán Maidana e Juan Belatti.

    "Pelo sacrifício, pela responsabilidade que implica. Para qualquer menino que ama futebol, o sonho é estar na final de uma Copa do Mundo. Esta equipe trabalhou muito para chegar até aqui, conseguimos uma das coisas mais bonitas no mundo da arbitragem. E agora queremos chegar ao ápice disto da melhor maneira", acrescentou.

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