Lance Armstrong pode retornar às competições esportivas neste fim de semana. O nome do ex-ciclista apareceu na lista de entrada do Masters South Central Zone Swimming Championships, torneio de natação que ocorrerá na Universidade do Texas.
Armstrong está inscrito para competir em três provas na competição organizada em Austin, sua cidade natal: 500 jardas, 1.000 jardas e 1.650 jardas, sempre no estilo nado livre.
O torneio é organizado pela US Masters Swimming, órgão fundado em 1970 com o objetivo de proporcionar eventos para que ex-nadadores e também amadores tenham a oportunidade de se manter em forma.
Devido ao uso de doping, Armstrong foi banido de participar de competições esportivas que estejam sob o código da Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada) ou da Agência Mundial Antidoping (Wada).
O evento na Universidade do Texas, no entanto, não é regulamentado por essas agências. Esse campeonato é aberto ao público de todas as idades, mas reúne especialmente veteranos. Armstrong, 41 anos, competiria com colegas na maioria mais velhos do que ele.
Em janeiro passado, Armstrong admitiu, em entrevista à apresentadora americana Oprah Winfrey, que usou transfusões de sangue, EPO (eritropoietina) e testosterona sistematicamente durante a carreira. Até então, ele sempre havia negado as acusações de doping.
Maior vencedor da história da Volta da França, Lance Armstrong perdeu todos os sete títulos conquistados entre 1999 e 2005 no evento. Presidente da União de Ciclismo Internacional (UCI), Pat McQuaid confirmou a decisão em 22 de outubro, seguindo a recomendação da Usada (Agência Antidoping dos Estados Unidos), que divulgou um dossiê de mais de mil páginas contendo evidências de que o americano se dopou durante a carreira. Relembre os sete títulos que Armstrong perdeu:
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O primeiro título do americano viria em 1999, no dia 25 de julho, correndo pela equipe US Postal Service
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Em 2000, o segundo título; no mesmo ano publica o livro It's Not About the Bike, em que explica seu regresso à competição após superar um câncer, além de ser bronze nos Jogos Olímpicos; em novembro, é divulgada uma investigação aberta na França por causa de uma acusação anônima sobre doping de sua equipe na competição
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Em 2001, não só vence na França como também na Suíça
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Com o quarto título, em 2002, se junta a Jaques Anquetil, Bernard Hinault, Merckx Eddy e Miguel Indurain no grupo de tetracampeões da competição
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Um ano depois vence na França novamente e se iguala ao espanhol Miguel Indurain como pentacampeão
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Armstrong entra definitivamente para a história em 2004, quando se torna o único hexacampeão da Volta da França; semanas antes do início da competição, o atleta é acusado de doping em livro escrito por David Walsh e Pierre Ballester; Mike Ardenson, ex-assistente de Armstrong, alega que encontrou substâncias ilegais no quarto do atleta e o ajudou a fugir de exâmes surpresa, sendo acusado de extorção posteriormente
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Armstrong se aposenta no esporte em 2005, mas antes se consagra heptacampeão na França; o diário francês L'Equipe informa que há novas provas de doping em seis amostras de urina do atleta, supostamente tiradas em 1999
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No fim do ano passado, a UCI (União Ciclística Internacional) retirou os sete títulos do americano na Volta da França, acatando um relatório divulgado pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada). O dossiê da agência incluiu mais de 1 mil páginas com testemunhos, e-mails, registros financeiros e análises de laboratório de amostras de sangue, chegando à conclusão de que o ex-atleta coordenou o “mais sofisticado” esquema de doping que o esporte já viu.
Recentemente, Armstrong defendeu que o banimento para toda a vida que lhe foi imposto havia sido muito duro. O ex-ciclista espera diminuir a punição para que possa voltar a participar de competições regulamentadas pela Usada ou pela Wasa. Antes da sanção, ele era muito ativo em eventos de triatlo.
Armstrong teve câncer no testículo em 1996 e superou a doença para voltar às competições. Depois disso, em 1997, criou a Livestrong, fundação sem fins lucrativos que até aqui arrecadou aproximadamente US$ 500 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) para auxiliar pacientes com câncer.
Com o ex-ciclista dopado Lance Armstrong e o brasileiro Luiz Adriano, que desrespeitou o fair play durante partida do Shakhtar Donetsk na Liga dos Campeões, a revista americana Sports Illustrated listou os "antidesportistas" de 2012; veja os destaques negativos do esporte nos últimos meses
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14. New Orleans Saints "Os Saints foram tudo, menos santos", escreveu a revista. Em março deste ano, o coordenador de defesa Greg Williams foi denunciado por estabelecer um programa que recompensava jogadores que lesionassem adversários durante as partidas da NFL entre 2009 e 2011. Mais de 25 atletas foram lesionados por atletas dos Saints no período. Willians foi banido do esporte, enquanto outros atletas e o técnico Sean Payton também foram suspensos
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13. Jeffrey Loria Dono do Miami Marlins, franquia da Major League Baseball nos Estados Unidos, Loria negociou 12 jogadores depois de garantir que o novo estádio da equipe, orçado em US 634 milhões (R$ 1,3 bilhão), seja pago com financiamento público. Ao todo, os contribuintes da Flórida vão desembolsar 80% do valor, cercade de US$ 409 milhões (R$ 869 milhões)
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12. Steve Blake Steve Blake perdeu a cabeça durante uma partida do Los Angeles Lakers na NBA quando ouviu a cobrança das arquibancadas durante intervalo. "Você precisa acertar essas open balls", disse o torcedor. Blake respondeu com obcenidades e xingamentos que renderam multa de US$ 25 mil (R$ 53 mil)
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11. Melky Cabrera Melky Cabrera estava na metade daquela que prometia ser a melhor temporada de sua carreira no beisebol quando testou positivo para testosterona e foi suspenso por 50 jogos. Ele ainda criou um esquema envolvendo um site falso o qual tentou culpar, mas não teve a culpa reduzida e está fora do San Francisco Giants
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10. Kurt Busch Um das grandes personalidades da Nascar, Kurt Busch perdeu a cabeça ao ouvir uma pergunta capciosa de Bob Pockrass, um dos mais respeitados jornalistas da categoria. Irritado, o piloto ameaçou espancar o repórter com termos impublicáveis
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9. John Terry John Terry já era mal visto pelos ingleses depois de ser revelada a história de como traiu sua esposa com a namorada do companheiro de Chelsea, Wayne Bridge. A denúncia de racismo contra Rio Ferdinand, do Manchester United, foi o auge do antidesportismo do ex-capitão da seleção inglesa
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8. Cameron van der Burgh Cinco dias depois de conquistar a medalha de ouro nos 100 m peito, o sul-africano Cameron van der Burgh admitiu ter dado uma golfinhada extra além das permitidas. Provas de vídeo não podem ser utilizadas de forma retroativa para modificar o resultado das provas olímpicas, então ele ficou com a vitória apesar da vantagem indevida
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7. Christine Sinclair A vitória dos Estados Unidos sobre o Canadá na semifinal do torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos de Londres não passou de uma fraude. Segundo a canadense Christine Sinclair, o árbitro definiu o resultado da partida antes mesmo de ela começar. Meses depois do ocorrido, ela ainda diz não se arrepender de dar essa declaração polêmica
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6. Taoufik Makhloufi Uma lesão altamente contestável no joelho tirou Taoufik Makhloufi da briga por medalha nos 800 m nos Jogos Olímpicos de Londres. A suspeita de forjar o problema para se poupar para a final dos 1.500 m, para a qual era favorito, fez o Comitê Olímpico Internacional (COI) chegar a tirá-lo da disputa, mas Makhloufi acabou recolocado na prova e se sagrou campeão
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5. Philip Hindes Quando viu que a equipe de ciclismo da Grã-Bretanha começou mal uma prova no velódromo durante os Jogos Olímpicos de Londres, Philip Hindes desistiu de tentar a recuperação e caiu de propósito, forçando o reinício da prova. O antidesportismo deu a oportunidade de chegar à conquista do ouro
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4. Luiz Adriano O brasileiro Luiz Adriano chocou os torcedores na Liga dos Campeões, durante vitória do Shakhtar Donetsk sobre o Nordsjaelland: aproveitou bola devolvida por sua equipe para o adversário, um caso de Fair Play, para dominar, driblar o goleiro, que não esboçou reação, e marcar um dos gols da partida. O jogador acabou punido com uma partida de suspensão
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3. Raffi Torres Conhecido pela truculência com a qual atua na Liga Americana de Hoquei (NFL) pelo Phoenix Coyotes, Raffi Torres recebeu 25 partidas de suspensão por falta perigosa, na qual acertou o rosto de um adversário. Trata-se da terceira maior suspensão da história da liga
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2. Badminton olímpico Uma combinação de resultados durante o torneio feminino de badminton nos Jogos Olímpicos de Londres causou a exclusão de quatro duplas, por tentativa de manipulação das chaves de quartas de final
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1. Lance Armstrong Eleito pela Sports Illustrated o maior antidesportista do ano, o ciclista Lance Armstrong mereceu o título ao protagonizar um dos maiores escândalos de doping da história do esporte. O americano comandou esquema de dopagem, o que incluiu incentivo para que seus companheiros de equipe tomassem testosterona também, e assim perdeu todos os títulos - incluindo sete da Volta da França