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Pele descascando depois de tomar sol? Veja como prevenir e aliviar sintomas

Queimaduras solares levam à descamação da pele e aumentam as chances de câncer de pele; veja as dicas dos especialistas para evitar problemas durante o verão

28 jan 2023 - 05h10
(atualizado às 17h52)
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Com a chegada do verão, é comum que as pessoas passem mais tempo expostas aos raios solares - praias, piscinas e clubes ficam lotados nessa época do ano. No entanto, a diversão exige cuidados. Expor-se à luz solar de forma prolongada e sem proteção pode agredir desde as camadas mais superficiais da pele até as mais profundas.

Os efeitos iniciais são as queimaduras. "Elas podem ser classificadas em primeiro e segundo grau", explica Renata Paes Barreto, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Ainda que menos agressiva, a de primeiro grau pode deixar a pele vermelha e com certa ardência. Já a de segundo grau, que é a mais grave, pode causar bolhas, inchaços e feridas. De qualquer forma, em ambos os níveis, as queimaduras evoluem para a descamação da pele, que é a resposta tardia ao dano causado pela exposição desprotegida ao sol e por longos períodos.

Além da queimadura que evolui para descamação, há efeitos de longo prazo ainda mais preocupantes. "Múltiplas queimaduras solares ao longo da vida é um fator de risco para o aumento da incidência de câncer de pele, inclusive o melanoma, que é um tipo de câncer mais agressivo", alerta.

Outras doenças de pele podem surgir em razão da exposição. Condições como calor e umidade fazem parte do verão e são propícias para o surgimento das micoses - um tipo de infecção causada por fungos que pode acometer pele, unhas e cabelo. Brotoejas também são comuns, em especial em bebês. Nesses casos, devido ao contato da pele com o suor, podem formar pequenas bolinhas avermelhadas. Até mesmo uma queimadura mais grave, como as de segundo grau, se não for bem tratada, pode evoluir para infecções secundárias e causar bastante desconforto.

Por isso, para evitar qualquer tipo de complicação, das menores às maiores, a recomendação da dermatologista é investir na proteção solar, que pode ser feita com uso de filtros solares, barreiras físicas e adoção de alguns hábitos.

O que fazer para evitar a descamação?

Para evitar que a pele descasque, é fundamental não se expor ao sol de forma direta, uma vez que, fazendo isso, é possível evitar as queimaduras. Se for necessário a exposição, que ela seja feita com bastante proteção. E o protetor solar é um bom aliado no combate aos efeitos dos raios solares na pele.

Ao escolher o protetor, observe o Fator de Proteção Solar (FPS). O recomendado é que ele não seja menor que 30 e, para pessoas de pele clara ou sensível, são indicados FPS mais altos. O protetor deve ser usado todos os dias e, principalmente, em ambientes como praias e piscinas. Nessas ocasiões, não deixe de lado a reaplicação, que deve ser feita de hora em hora ou sempre após sair da água. Se possível, invista nos protetores contra raios UVA, que são responsáveis pelos sinais de envelhecimento e manchas na pele.

Uso de barreiras também é importante. Aposte em boné, chapéu com aba larga, óculos escuro, barraca ou guarda-sol, roupas de algodão ou aquelas com proteção solar. Além disso, evite a exposição entre 10h e 16h, que são horários cujos raios solares são mais intensos e o que mais podem trazer complicações.

Como cuidar da pele após a descamação?

Se não tomou os cuidados necessários, nem tudo está perdido: é possível adotar algumas medidas para cuidar da nova pele que está nascendo. "A pele de baixo, que está sendo constituída, deve ser muito bem hidratada e protegida", diz a dermatologista. Para isso, utilize loções hidratantes ou óleos corporais de forma frequente e evite exposição ao sol durante esse período de descamação.

Não é recomendado puxar a pele que está descascando. "Conforme a pele de baixo vai se regenerando, a pele de cima, que é formada por células mortas, vai se descolando de pele nova", diz Renata. Se você puxa a pele antes dela se soltar espontaneamente, é possível que a pele de baixo ainda não esteja regenerada. Essa pele mais sensível, ao ser exposta, pode ocasionar em feridas, infecções, manchas, desconfortos e tornar o processo de regeneração da pele mais demorado.

Evite também banhos quentes, especialmente pelo desconforto que altas temperaturas podem causar na pele que sofre com os efeitos do sol. "A pele queimada já sofreu com o calor, por isso o ideal é refrescá-la ao máximo", explica. "Você tem uma pele que já está queimada e ressecada. A água quente vai ser outro agente que provoca mais ressecamento."

Além de banhos frios, outras opções são as compressas geladas, que podem ser com água ou chá de camomila, e as loções pós-sol, que promovem sensação de frescor e diminuem a ardência. "Tudo aquilo que possa resfriar e hidratar a pele vai ajudar no desconforto."

Mesmo que não seja a medida mais importante, beber água também pode ajudar na recuperação. "A reposição hídrica é essencial para que todos os nossos tecidos mantenham a função deles", diz. "Para que a pele mantenha sua função de barreira, precisamos estar com todo o sistema equilibrado e a hidratação faz parte disso."

Cuidados durante o verão

  • Roupas e acessórios. Mesmo com com o calor, roupas e acessórios são essenciais para proteção contra os raios solares. Se possível, ao se expor ao sol, busque utilizar roupas ou acessórios que cubram o corpo. Isso é importante para evitar manchas. Do contrário, abuse dos filtros solares.
  • Alimentação. Procure adotar uma dieta balanceada. Invista em frutas e legumes com alto teor de água, como melão, melancia, pepino e tomate, e aumente a ingestão de fibras, como por meio das leguminosas e dos grãos. Assim, é possível prevenir doenças e adiar sinais de envelhecimento.
  • Hidratação. Em especial durante o verão, é fundamental a hidratação. E há várias formas de fazer isso: desde aumentar a ingestão de líquidos, como água, suco de frutas e água de coco, até mesmo com uso de loções hidratantes e óleos corporais.
  • Filtro solar. Aplicar protetor solar deve fazer parte da rotina. No verão, além da aplicação diária, o uso deve ser intensificado nos momentos de lazer, quando a exposição é maior. Reaplique de hora em hora ou se tiver contato com água - da piscina, do mar ou do suor.
Estadão
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