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Walmart provavelmente discriminou funcionárias, diz agência dos EUA

17 set 2019 - 15h45
(atualizado às 16h16)
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O Walmart provavelmente discriminou 178 funcionárias pagando menos, negando promoções ou ambas as ações por causa de seu gênero, disse a Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego (EEOC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, em memorandos vistos pela Reuters.

REUTERS/Jose Cabezas
REUTERS/Jose Cabezas
Foto: Reuters

A agência pediu ao Walmart e às mulheres que apresentaram queixas que alcancem uma "solução justa", que poderia incluir um acordo e mudanças nas práticas de emprego do Walmart, depois de encontrar uma "causa razoável" para acreditar que havia discriminação de gênero. Os memorandos foram divulgados em julho e vistos pela Reuters na terça-feira, depois de terem sido publicados pelo Wall Street Journal.

O Walmart é o maior varejista do mundo e o maior empregador privado nos EUA, com uma força de trabalho de 1,5 milhão de pessoas.

O Walmart disse ao EEOC que estava disposto a participar de um "processo conciliatório", embora na maioria dos casos as descobertas da agência sejam "vagas e inespecíficas", disse Randy Hargrove, porta-voz do Walmart.

Os casos envolvem alegações com mais de 15 anos, disse ele, e "não são representativas das experiências positivas que milhões de mulheres tiveram no Walmart".

Joseph Sellers, advogado das mulheres, disse que há pelo menos 1.600 queixas semelhantes pendentes na EEOC, acusando o Walmart de discriminar mulheres em salários e promoções entre 1999 e 2011. Cerca de 150 ações judiciais contra o Walmart, cobrindo o mesmo período estavam pendentes nos tribunais federais de todo o país, disse ele.

Em 2011, o Walmart convenceu a Suprema Corte dos EUA a não permitir que cerca de 1,5 milhão de trabalhadoras entrassem com uma ação coletiva, com a maioria dos juízes concluindo que as mulheres tinham muito pouco em comum para processar em grupo.

Sellers, que representou as trabalhadores do Walmart nesse caso, disse que os memorandos emitidos em julho envolvem mulheres que trabalhavam em lojas do Walmart em mais de 30 Estados dos EUA. Isso sugere um amplo padrão de discriminação salarial, em vez de casos isolados que podem ser atribuídos aos gerentes locais, disse Sellers.

O EEOC não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Se o Walmart não conseguir chegar a um acordo com as mulheres, a EEOC poderá entrar com uma ação contra a empresa ou autorizá-las a apresentar as suas.

Sellers se recusou a comentar o status das negociações para um acordo.

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