Volkswagen avança com corte de custos na Alemanha, diz chefe da marca
A Volkswagen está avançando com sua iniciativa de redução de custos, afirmou o diretor das principais marcas da montadora alemã em entrevista à imprensa nesta quinta-feira, apontando para reduções no quadro de funcionários e economias nas fábricas do grupo na Alemanha.
A empresa reduziu os custos em suas fábricas de Wolfsburg, Emden e Zwickau em 30%, em média, disse o presidente-executivo da marca, Thomas Schaefer, à revista Auto Motor Sport.
Além disso, cerca de 25.000 trabalhadores assinaram acordos de aposentadoria parcial ou de demissão, acrescentou.
"Ainda temos um caminho a percorrer, mas juntos queremos provar que é possível desenvolver e construir carros competitivos na Alemanha", disse Schaefer.
Em dezembro de 2024, a Volkswagen fechou um acordo com os sindicatos para reestruturar drasticamente suas operações na Alemanha, incluindo o corte de 35.000 postos de trabalho até 2030, enquanto enfrenta forte concorrência de marcas chinesas mais baratas e navega por uma transição para os veículos elétricos mais lenta do que o esperado.
Na terça-feira, a Comissão Europeia abandonou seu rígido limite para novos carros com motor a combustão a partir de 2035, cedendo aos apelos da Volkswagen e de outras montadoras por maior flexibilidade.
Schaefer descartou a possibilidade de oferecer motores a combustão na nova família de carros pequenos das marcas principais, cujo primeiro modelo - o ID.Polo - será lançado no próximo ano a um preço inicial de cerca de 25.000 euros.
Isso não faria sentido devido às regulamentações de emissões e seria muito caro para os consumidores, de acordo com o executivo.
"O futuro nesse segmento é elétrico", disse ele.