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Via Varejo tem prejuízo R$79 mi no 3º tri apesar de alta nas vendas; margens recuam

25 out 2018 - 10h16
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A Via Varejo encerrou o terceiro trimestre com prejuízo 79 milhões de reais, revertendo lucro de 46 milhões de reais um ano antes, apesar do aumento de vendas físicas e online que vieram, contudo, ao custo de margens menores diante de uma demanda ainda fraca e ambiente competitivo no setor.

Clientes conversam com vendedor em uma loja da Casas Bahia em São Paulo 18/02/ 2013.REUTERS/ Nacho Doce
Clientes conversam com vendedor em uma loja da Casas Bahia em São Paulo 18/02/ 2013.REUTERS/ Nacho Doce
Foto: Reuters

A rede de varejo dona das marcas Casas Bahia e Pontofrio registrou receita líquida de 6,377 bilhões de reais de julho a setembro, um acréscimo de 4,4 por cento em relação ao mesmo período de 2017. As vendas 'mesmas lojas' subiram 4,2 por cento. A receita contábil das lojas físicas aumentou em 5,2 por cento.

A companhia destacou que o desempenho foi resultado de importante ganho de participação de mercado no período.

No segmento online, o Gross Merchandise Value (GMV)- montante transacionado em reais no site, incluindo operações do marketplace - faturado subiu 13,6 por cento. O marketplace respondeu por 26,2 por cento do total, com alta de 19,5 por cento.

A margem bruta no terceiro trimestre, porém, ficou em 29,2 por cento, queda de 3,56 pontos percentuais frente ao mesmo período do ano passado, "em função de um ambiente de vendas mais desafiador e menor penetração de produtos rentáveis como o crediário e serviços", disse a empresa.

A Via Varejo também afirmou que, no três meses encerrados em setembro, reclassificou algumas despesas trabalhistas para custo.

O Ebitda ajustado atingiu 161 milhões de reais, com queda de 61,6 por cento. A margem Ebitda ajustada caiu 4,33 pontos, para 2,5 por cento no período.

"Vale ressaltar que esse último período foi marcado por importantes implementações em sistemas críticos da companhia. São mudanças profundas, essenciais para a empresa reestruturar suas fundações. Uma vez superado o processo natural de curva de adoção e aprendizado, acreditamos que essa decisão estratégica trará evoluções significativas em produtividade e na experiência dos nossos clientes", disse a Via Varejo.

A companhia fechou o terceiro trimestre com caixa líquido ajustado de 1,625 bilhão de reais, incluindo a carteira de recebíveis não descontados no valor de 1,714 bilhão de reais.

A rede também encerrou o período com uma variação de capital de giro positiva em relação ao terceiro trimestre de 2017, de 2,462 bilhões de reais. "Estrategicamente, seguimos com estoques elevados (financiado por nossos fornecedores) uma vez que entramos no período de maior venda da Companhia, com a Black Friday e Natal."

O período de julho a setembro também foi marcado por aumento nas despesas com vendas, gerais e administrativas em relação a receita líquida, para 27,1 por cento versus 26,3 por cento no terceiro trimestre de 2017, com aumento das despesas judiciais e maiores despesas de marketing.

NOVAS LOJAS

A Via Varejo abriu 15 novas lojas no terceiro trimestre, sendo 11 no formato Smart e 4 quiosques, enquanto encerrou as operações de 23 lojas no período citando fraco desempenho operacional e financeiro. No caso dos quiosques, a empresa pretende acelerar a expansão do modelo e espera finalizar o ano com 20 unidades em função do desempenho obtido.

Também no terceiro trimestre foram abertas 44 novas Lojas Hub, totalizando 62 unidades do modelo.

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