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Taxas dos DIs sobem em dia de realização de lucros no Brasil

17 nov 2025 - 16h42
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As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) fecharam a segunda-feira em alta ante os ajustes anteriores no Brasil, em uma sessão sem gatilhos fortes para as negociações e com investidores aproveitando o dia para realizar parte dos lucros recentes.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 12,95%, em alta de 8 pontos-base ante o ajuste de 12,873% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2035 marcava 13,5%, com elevação de 6 pontos-base ante o ajuste de 13,44%.

Pela manhã o Banco Central informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) caiu 0,2% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, uma contração maior que o 0,10% esperado por economistas consultados pela Reuters. Em agosto, o indicador havia avançado 0,4%.

No terceiro trimestre do ano, a atividade encolheu 0,9% sobre os três meses imediatamente anteriores, segundo o IBC-Br, considerado um sinalizador dos dados oficiais do Produto Interno Bruto (PIB). Na comparação com setembro de 2024, o indicador teve alta de 2,0%, avançando 3,0% em 12 meses.

"Dado muito ruim, com queda no trimestre de 0,9%... muito forte a queda, (ela) deve mudar prognósticos para o terceiro trimestre", comentou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em mensagem a clientes.

"Com o dado de hoje, o PIB do terceiro trimestre fica mais perto de zero -- talvez um crescimento de 0,2%, 0,3%, mas certamente a maior desaceleração de todos os trimestres. Então, está ganhando força esta desaceleração da economia brasileira."

Em suas comunicações recentes, o Banco Central reconheceu a desaceleração da atividade e seu impacto sobre a inflação -- um pré-requisito para o início do ciclo de cortes da Selic --, mas manteve-se cauteloso sobre o futuro da política monetária.

Na quarta-feira passada, durante evento em São Paulo, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, disse que os dados mostram que a economia brasileira "está desacelerando, crescendo a taxas menores", e a política monetária tem tido efeito, "mas de maneira gradual".

Em evento em São Paulo sobre equidade racial nas empresas, na manhã desta segunda-feira, Galípolo não tratou de política monetária.

Apesar da queda do IBC-Br, a curva de juros pouco reagiu ao indicador, mantendo-se firme ao longo do dia.

Dois profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram que o noticiário do dia, no Brasil e no exterior, pouco fez preço. Segundo um deles, investidores aproveitaram o dia para realizar parte dos lucros recentes no mercado de DIs, no câmbio e na bolsa. Assim, a sessão foi, no geral, negativa para os ativos brasileiros. A alta das taxas futuras se intensificou durante a tarde, em um ambiente de liquidez menor.

Perto do fechamento da sessão regular a curva brasileira precificava 98% de probabilidade de manutenção da taxa básica Selic em 15% em dezembro.

No boletim Focus divulgado pela manhã, a projeção mediana dos economistas do mercado para o IPCA, o índice oficial de inflação, em 2025 passou de 4,55% para 4,46% -- já dentro da margem da meta de inflação do BC, cujo centro é 3% com banda de tolerância de 1,5 ponto percentual (inflação até 4,5%). Para 2026, a projeção para o IPCA seguiu em 4,20%.

A Selic projetada no Focus para o fim deste ano seguiu em 15% e para o final de 2026 em 12,25%.

No exterior, a expectativa pelo reinício das divulgações de dados econômicos nos Estados Unidos, após o fim da paralisação do governo, deu o tom dos negócios. A previsão é de que o relatório de emprego payroll saia na quinta-feira. Antes disso, na quarta-feira, o Federal Reserve divulgará a ata de sua última reunião de política monetária.

Ambos os eventos serão acompanhados com atenção pelos investidores, que buscarão pistas sobre o que o Fed fará com os juros em dezembro.

Nesta tarde, conforme a Ferramenta CME FedWatch, o mercado precificava 59,1% de probabilidade de manutenção pelo Fed da taxa na faixa de 3,75% a 4,00% em dezembro, contra 40,9% de chance de redução de 25 pontos-base.

Às 16h34, o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- caía 2 pontos-base, a 4,131%.

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