Tarifas ao Brasil: Ideia é impedir exportação indireta aos EUA, via outros países, diz Hassett
A política de tarifas 'precisa de aplicação efetiva contra o transbordo', diz, em referência ao repasse de produtos de outros países por meio de nações beneficiadas por taxações mais baixas
O diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Kevin Hassett, afirmou nesta quarta-feira, 12, que as negociações tarifárias com parceiros comerciais, incluindo o Brasil, fazem parte de um "processo contínuo". Segundo ele, a política de tarifas "precisa de aplicação efetiva contra o transbordo", em referência ao repasse indireto de produtos de outros países aos EUA por meio de nações intermediárias beneficiadas por taxações mais baixas.
"A ideia é impedir o transbordo de bens aos EUA", destacou, quando questionado sobre as taxas a produtos exportados pelo Brasil.
Durante evento, Hassett acrescentou que a Casa Branca discute mudanças específicas relacionadas a produtos alimentícios, observando que "a taxa de aumento dos preços de alimentos caiu para quase zero".
Ele reiterou que "as negociações são um processo contínuo" e que a política tarifária será ajustada conforme necessário para proteger o setor produtivo americano.
Também nesta quarta-feira, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que o governo anunciará alívios tarifários sobre café, bananas e outras frutas e produtos nos próximos dias, em uma tentativa de conter pressões de preços e impulsionar o consumo doméstico.
"Veremos grandes notícias sobre tarifas nos próximos dias", adiantou em entrevista à Fox News.
Na véspera, o presidente americano, Donald Trump, disse, em entrevista à Fox News, que os Estados Unidos vão reduzir algumas tarifas sobre as importações de café, sem dar mais detalhes sobre o assunto. O Brasil seria o maior beneficiado pela redução da taxação ao café importado pelos EUA.