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Tarifaço de Trump entra na semana decisiva e perspectiva de acordo com os EUA fica mais distante

Taxa de 50% sobre os produtos brasileiros começa a valer em 1º de agosto; governo e empresas se movimentam para negociar cobrança e estipular medidas de contingência

28 jul 2025 - 06h53
(atualizado às 07h19)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump . (Fotos: Wilton Junior/Estadão e Evan Vucci/AP Photo)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump . (Fotos: Wilton Junior/Estadão e Evan Vucci/AP Photo)
Foto: Fotos: Wilton Junior/Estadão e / Estadão

O Brasil entra esta semana em um período decisivo, que pode mudar para pior o rumo de sua economia - pelo menos no curto prazo. Está prevista para entrar em vigor na sexta-feira, 1º de agosto, a tarifa de 50% prometida pelo presidente americano, Donald Trump, para todos os produtos brasileiros vendidos para o mercado americano. E, pelo menos até o momento, não há o menor sinal de que esse movimento poderá ser revertido ou adiado.

As tentativas do governo brasileiro de negociar com os EUA, encabeçadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, têm se mostrado infrutíferas. Na semana passada, Alckmin disse ter tido no sábado, 19, uma conversa de 50 minutos com o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick. "Nós conversamos com o governo norte-americano, tivemos uma conversa com o secretário de Comércio, longa, colocando todos os pontos e destacando o interesse do Brasil na negociação, e destacando que o presidente Lula tem orientado negociação, não ter contaminação política nem ideológica"

O economista André Perfeito, por sua vez, diz que o acordo entre União Europeia e Estados Unidos anunciado neste domingo traz ainda mais pessimismo para a situação do Brasil na busca de uma solução para a questão da tarifa de 50%. "O Brasil está definitivamente isolado e as tarifas ganham ares de sanção que buscam restabelecer a América como quintal dos EUA", disse.

Trump descarta adiar tarifaço e afirma que medida começará em 1º de agosto: ‘Vale para todos’:

Para o economista, o acordo aponta para a perspectiva de que os EUA não permitirão que o Brasil se alie de maneira individual a blocos ou projetos que não sejam do interesse de Washington, o que, para Perfeito, "cria uma novidade política que há muito tempo não se via". Ele considera que a revista The Economist apontou corretamente, em sua edição da semana passada, que o que ocorre com o Brasil só pode ser comparado ao período da Guerra Fria.

Segundo o ministro, o documento reúne "medidas de todo gosto", incluindo a possibilidade de abertura de linhas de crédito em apoio a empresas afetadas.

"O cardápio encomendado por Lula foi elaborado, inclusive dentro da lei internacional", afirmou Haddad em entrevista à rádio Itatiaia. "Todo o cardápio possível e imaginável vai ser apresentado a Lula para decisão."

Estadão
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