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Setor de serviços tem alta de 1,2% em agosto e supera nível anterior à greve dos caminhoneiros

Com avanço, serviços superam nível pré-greve dos caminhoneiros e alcançam mesmo patamar de dezembro de 2017; acumulado do ano é de recuo de 0,5%

16 out 2018 - 09h26
(atualizado às 10h41)
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O volume de serviços prestados teve um avanço de 1,2% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), informou nesta terça-feira, 16, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, o setor voltou ao patamar que operava em dezembro de 2017.

"Quando a gente olha para o setor de serviços dentro do ano de 2018, com os crescimentos e as quedas, é como se ele não tivesse variado. O setor está exatamente no mesmo patamar que encerrou o ano de 2017", destacou o gerente da PMS, Rodrigo Lobo.

O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam desde uma queda de 0,30% a um avanço de 1,90%, com mediana positiva de 0,50%.

Na comparação com agosto do ano anterior, houve alta de 1,6% em agosto deste ano, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões iam de queda de 1,20% a alta de 1,60%, com mediana positiva de 0,05%.

A taxa acumulada pelo volume de serviços prestados no ano ficou negativa em 0,5%, enquanto o volume acumulado em 12 meses registrou perda de 0,6%.

"Em maio, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros, o setor de serviços havia mostrado um recuo de 3,4%; já em junho apresentou um crescimento mais intenso (4,9%); em julho, teve alguma devolução (- 2,0%) e agora em agosto voltou a crescer. Com isso, o volume de serviços ficou 0,6% acima do patamar de abril, período anterior à greve dos caminhoneiros", afirmou Rodrigo Lobo.

No mês anterior, o dado foi revisado de uma queda de 2,2% para uma redução de 2,0%.

Desde outubro de 2015, o órgão divulga índices de volume no âmbito da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Antes disso, o IBGE anunciava apenas os dados da receita bruta nominal, sem tirar a influência dos preços sobre o resultado. Por esse indicador, que continua a ser divulgado, a receita nominal subiu 1,1% em agosto ante julho. Na comparação com agosto do ano passado, houve aumento na receita nominal de 4,8%.

Queda acumulada em 12 meses é a menor desde 2015

A queda de 0,6% acumulada em 12 meses pelo setor de serviços em agosto foi a menos acentuada desde junho de 2015, quando houve recuo de 0,2%.

O resultado mantém a trajetória predominantemente ascendente iniciada em abril de 2017, segundo a PMS, iniciada em 2011, informou o IBGE. Em julho, a taxa em 12 meses ficou negativa em 1,0%.

Serviços operam 11,5% abaixo do ponto mais alto registrado em novembro de 2014

Com a alta de 1,2% em agosto ante julho, o volume de serviços prestados no País passou a operar 11,5% abaixo do ponto mais alto já registrado na Pesquisa Mensal de Serviços, alcançado em novembro de 2014.

"Em maio tínhamos atingido o ponto mais baixo da série, 14,9% abaixo do pico, com a greve de caminhoneiros", lembrou Rodrigo Lobo, gerente na Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Na comparação com agosto de 2017, os serviços cresceram 1,6%, puxados pelos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,6%). Os outros impactos positivos foram dos serviços prestados às famílias (5,0%) e de outros serviços (1,3%).

Na direção contrária, a contribuição negativa mais relevante foi a dos serviços de informação e comunicação (-1,1%). O ramo de serviços profissionais, administrativos e complementares recuou 0,3%.

O índice de difusão de serviços - que mede a proporção dos 166 segmentos investigados com avanços no volume prestado - avançou de 37,3% em julho para 47,0% em agosto.

Transportes apresentam crescimento; serviços prestados às famílias recuam

O crescimento de 3,2% no setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio na passagem de julho para agosto puxou a alta de 1,2% no volume de serviços prestados no País no período. Também houve avanços nos serviços profissionais, administrativos e complementares (2,2%) e nos outros serviços (1,0%).

Na direção oposta, foram registradas perdas nos serviços de informação e comunicação (-0,6%) e nos serviços prestados às famílias (-0,8%). O agregado especial das Atividades turísticas aumentou 2,8% na passagem de julho para agosto.

Estadão
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