Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Renovação de projetos contempla 'nova mobilidade' e bem-estar

Executiva da Lopes relembra desafios enfrentados e queda no número de lançamentos feitos no ano passado

19 jun 2023 - 22h40
Compartilhar
Exibir comentários

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Na trigésima edição do prêmio Top Imobiliário, a Lopes Consultoria de Imóveis está novamente no alto do pódio. De acordo com o levantamento da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), a imobiliária conquistou o primeiro lugar ao participar, em 2022, de 51 lançamentos que somaram 8.388 unidades e 922,41 mil metros quadrados de área a ser construída, correspondendo a valor geral de vendas (VGV) potencial de R$ 7,05 bilhões.

Vocalizando uma avaliação do setor, Mirella Parpinelle, diretora da Lopes, diz que o desempenho do mercado começou bem no ano passado, marcando um momento pós-pandemia, mas o último trimestre se mostrou problemático.

"Tínhamos desafios, óbvio, como controle da inflação e a taxa de juros, mas o principal foi o ambiente político", afirma. Em consequência da pandemia, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) e as commodities subiram. Esse quadro se refletiu em retração de vendas e lançamentos.

"Em VGV, a Lopes caiu 17% e o mercado em geral, 10%", diz Mirella com base na pesquisa realizada pelo setor de inteligência da Lopes com apoio do Secovi. "O motivo dessa diferença é que, quando se fala em mercado em geral, há muito econômico e nós temos mais médio e alto padrão." Segundo a pesquisa, das 75.700 unidades lançadas em 2022, 58% foram de médio e alto padrão e 42% tinham perfil econômico. "Em VGV, 83% foram médio e alto padrão."

A pesquisa aponta que o VGV total lançado em 2022 foi de R$ 41,6 bilhões, enquanto no ano anterior atingiu R$ 46 bilhões, com a oferta de 81.800 novas unidades, ante as 75.700 de 2022. Para superar esse cenário, a Lopes vendeu estoque e adotou medidas para elevar sua eficiência.

De acordo com a dirigente, a eficiência foi maior, porque houve alteração no modo de trabalho. "Com a pandemia, o comportamento profissional das pessoas mudou. Nós ainda estávamos no modelo híbrido de trabalho, então, trouxemos todo mundo para o escritório, fortalecemos o marketing digital e tivemos mais eficiência, principalmente em capacitação e transformação digital."

No entanto, a pandemia deixou reflexos no comportamento do comprador. "As pessoas aprenderam que podem trabalhar e viver bem. Isso está se refletindo muito nos projetos", diz Mirella. Segundo ela, o Eden Park by Dror, da Cyrela, reverbera essa mudança de comportamento trazida pela covid-19, quando as pessoas passaram a procurar imóveis mais espaços, para trabalhar remotamente, ou foram atrás de uma segunda residência fora da cidade.

"O Dror é um designer israelense que trouxe a natureza para dentro do projeto", diz. O Eden Park é um multiúso com torres residenciais e uma comercial e possui um parque de 8 mil metros quadrados.

O projeto tem plantas que vão de 77 m² a 160 m² e, ressalta a executiva, seus moradores terão um parque interno, poderão "fazer tudo a pé", ter um shopping na frente.

Eden Park by Dror, no Brooklin, é um empreendimento multiúso com um parque em sua área interna.
Eden Park by Dror, no Brooklin, é um empreendimento multiúso com um parque em sua área interna.
Foto: Divulgação/Cyrela / Estadão

"Hoje, as pessoas querem a mobilidade, mas não é só uma caixa perto do metrô, também querem morar onde elas tenham áreas sociais para usufruir, onde o parque faça parte de suas vidas. Temos percebido esse movimento bem forte nos novos projetos", afirma.

Em relação ao público situado numa faixa de maior poder aquisitivo, outros itens também fazem a diferença. "Por que o cliente sai de um apartamento nos Jardins, onde mora bem, para outro também nos Jardins em que ele paga o dobro pelo m²? Ele quer um design bacana, uma fachada diferente, pé direito alto, quer a natureza, as varandas praticamente abraçadas por um jardim suspenso… Enfim, temos visto que isso atrai muito", afirma.

Um outro projeto intermediado pela Lopes que se enquadra nesse conceito de mobilidade, de acordo com a executiva, é o JK Square, que traz a assinatura do escritório KPF - Kohn, Petersen, Fox Associates, responsável pela criação do Hudson Yards, em Nova York. Trata-se de um mixed use, com unidades residenciais, hotel e lajes corporativas, localizado próximo ao cruzamento das avenidas Faria Lima e Juscelino Kubitschek, do Parque Ibirapuera e Vila Nova Conceição.

O Hudson Yards ficou conhecido pelo projeto de transformação de uma região desolada de Manhattan em um bairro cujo objetivo é integrar, por meio dos espaços, residentes, trabalhadores e turistas.

"Temos visto o mercado se renovar com uma tendência diferente a que tínhamos visto até agora, como a do neoclássico, por exemplo. O mercado imobiliário teve criatividade e conseguiu se recriar", diz, reforçando a ideia de que o setor se sobrepõe às adversidades.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade