PUBLICIDADE

Relator do megaleilão deve insistir em aumentar parcela para municípios em parecer da próxima semana

O texto que havia sido aprovado pelo Senado definia que, dos R$ 106,5 bilhões que podem ser arrecadados com o leilão, 15% ficariam com os Estados e 15% com os municípios

26 set 2019 - 19h38
(atualizado às 20h02)
Compartilhar
Exibir comentários

BRASÍLIA - O relator da proposta de emenda à Constituição que tratará agora da divisão dos recursos do megaleilão do pré-sal com Estados e municípios, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), afirmou ao Estadão/Broadcast que deverá apresentar seu relatório na semana que vem à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) e deve aumentar a parcela dos recursos para os municípios.

Ribeiro defende que os municípios recebam uma parcela maior porque estão na ponta final da vida cotidiana das pessoas e enfrentam dificuldades com a crise econômica. O texto que havia sido aprovado pelo Senado definia que, dos R$ 106,5 bilhões que podem ser arrecadados com o leilão, 15% ficariam com os Estados e 15% com os municípios. O relator quer que sejam destinados 10% para os Estados e 20% para as cidades.

"Estamos buscando um entendimento com os governadores e com os prefeitos para fecharmos o texto e podermos votá-lo na CCJ na semana que vem", disse Ribeiro. De acordo com ele, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, lhe disse que não se vai se opor à mudança.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no entanto, tem sinalizado que não irá aceitar uma mudança nas destinações que já foram aprovadas tanto pelos deputados quanto pelos senadores.

Tramitação

Pela manhã, o Congresso promulgou uma emenda constitucional que era parte da PEC e que permitirá ao governo a realização do megaleilão do pré-sal, além da garantia de pagamento de R$ 33 bilhões da dívida da União com a Petrobrás. O acordo para desmembrar a proposta foi fechado ontem em uma reunião do ministro da Economia, Paulo Guedes, com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além de líderes.

Agora, o restante da PEC reiniciará a sua tramitação na Câmara. Ela será renumerada e voltará a contar os prazos normais. "A promulgação tirou a pressão que tínhamos para votar a matéria o mais rápido possível, mas isso não quer dizer que não vamos tratá-la com celeridade", disse Ribeiro.

Maia afirmou na manhã de hoje que espera concluir a análise da proposta até novembro e deixou claro que não quer ver alterações no texto quando disse esperar que envie a proposta ao Senado para que seja diretamente promulgada, ou seja, que não passe por nova análise dos senadores. Isso só pode acontecer caso ela não seja alterada pela Câmara.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade