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Quais são as cidades menos desenvolvidas do Brasil?

Quatro delas estão em apenas um único Estado da região Norte do País, segundo levantamento da Firjan; saiba quais são elas e onde essas cidades ficam

8 mai 2025 - 13h04
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A cidade de Ipixuna, no Amazonas, tem o pior índice de desenvolvimento do País, segundo levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Os dados constam no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado nesta quinta-feira, 8.

Em seguida aparecem o município de Jenipapo dos Vieras, no Maranhão, Uiramutã, em Roraima, e Jutaí, no Amazonas. Na outra ponta, Águas de São Pedro (SP), São Caetano do Sul (SP) e Curitiba (PR), estão entre as cidades mais desenvolvidas do País.

O Pará reúne, sozinho, quatro das cidades menos desenvolvidas do País, segundo o levantamento da Firjan. Confira a lista abaixo.

  1. Ipixuna (AM) - 0,1485; 
  2. Jenipapo dos Vieras (MA) - 0,1583; 
  3. Uiramutã (RR) - 0,1621; 
  4. Jutaí (AM) - 0,1802; 
  5. Santa Rosa do Purus (AC) - 0,1806; 
  6. Oeiras do Pará (PA) - 0,2143; 
  7. Fernando Falcão (MA) - 0,2161; 
  8. Limoeiro do Ajuru (PA) - 0,2420; 
  9. Melgaço (PA) - 0,2429; 
  10. Curralinho (PA) - 0,243. 

O estudo mapeou 5.550 municípios, número que abrange 99,96% da população brasileira. O levantamento aponta que 47,3% dessas cidades (2.625), onde vivem 57 milhões de pessoas, registram desenvolvimento socioeconômico baixo (2.376) ou crítico (249). Apenas 4,6% (256) dos municípios alcançaram alto desenvolvimento, enquanto 48,1% (2.669) apresentam nível moderado.

A cidade de Ipixuna, no Amazonas, tem o pior índice de desenvolvimento do País, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM)
A cidade de Ipixuna, no Amazonas, tem o pior índice de desenvolvimento do País, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM)
Foto: Agência Sebrae/Divulgação / Estadão

Entenda o que é o IFDM

Criado em 2008, o IFDM utiliza três indicadores para determinar o quão um município é ou não desenvolvido: emprego e renda, saúde e educação.

O levantamento divulgado neste ano reflete a situação de 2023. A pontuação de cada um desses indicadores vai de 0,000 a 1. Quanto mais próxima de 1, melhor a situação do município, e vice-versa, ou seja; quanto mais próxima de 0, pior.

A análise revelou que, apesar de 99% dos municípios terem apresentado avanço entre 2013 e 2023, a média brasileira ainda se situa no desenvolvimento moderado (0,6067 ponto). Apesar disso, o estudo revela uma queda expressiva (87,4%) no número de cidades classificadas com desenvolvimento crítico entre 2013 e 2023.

Todos os índices apresentaram melhora. O IFDM Educação foi o componente com maior crescimento no período (+52,1%), seguido por IFDM Saúde (+29,8%) e IFDM Emprego e renda (+12,1%). Esse desempenho levou a uma redução significativa (87,4%) no número de municípios com desenvolvimento crítico entre 2013 e 2023.

No geral, o motivo para que leva a 47,3% das cidades (2.625), onde vivem 57 milhões de pessoas, apresentarem desenvolvimento socioeconômico baixo são os seguintes:

  • Educação: Déficit na formação de professores e alta distorção idade-série, especialmente nos municípios com baixo e crítico desenvolvimento; 
  • Saúde: Falta de médicos, principalmente nos municípios críticos (média de um médico para dois mil habitantes), alta taxa de internações por saneamento inadequado e elevada incidência de gravidez na adolescência; 
  • Emprego e renda: Baixa diversidade econômica nos municípios críticos, com alta dependência do setor público (quase 70% dos empregos formais são de órgãos públicos). 

O que os indicadores medem?

Existe uma série de variáveis que são coletadas para a formação de cada um dos indicadores. No IFDM Emprego e Renda, por exemplo, uma das principais variáveis é a capacidade da cidade gerar emprego e renda; no IFDM Saúde, um dos principais termômetros é a cobertura vacinal; e, no IFDM Educação, o acesso à educação básica.

Confira abaixo um resumo dos componentes medidos em cada um deles.

IFDM Emprego e Renda

  • Avalia a capacidade do município de gerar empregos; 
  • A absorção da mão de obra local; 
  • A diversidade econômica (como indicador de resiliência); 
  • A taxa de desligamentos voluntários (indicando mobilidade e confiança do trabalhador); 
  • PIB per capita (riqueza por habitante);  
  • A participação dos salários no PIB (distribuição de renda); 
  • Taxa de pobreza. 

IFDM Saúde

  • Cobertura vacinal; 
  • Percentual de gestantes com consultas pré-natais;  
  • Incidência de gravidez na adolescência; 
  • Número de internações por condições sensíveis à atenção básica e por problemas de saneamento; 
  • Taxa de óbitos infantis evitáveis; 
  • Quantidade de médicos por mil habitantes. 

IFDM Educação

  • Oferta e a qualidade da educação básica (creche ao ensino médio) nas redes pública e privada; 
  • Percentual de crianças de até três anos matriculadas;  
  • Adequação da formação dos professores do ensino fundamental e médio;  
  • Oferta de ensino em tempo integral; 
  • Taxas de abandono e de distorção idade-série;  
  • Desempenho dos alunos no Ideb do ensino fundamental. 
Estadão
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