Embalada por Petrobrás e vice de Alckmin, Bolsa fecha em alta de mais de 2%
Balanço da companhia no 2º trimestre surpreendeu analistas; dólar teve a quinta queda semanal seguida e fechou cotado a R$ 3,70
Embalado pela valorização de mais de 3% das ações da Petrobrás, cujo balanço agradou ao mercado, o Ibovespa seguiu em alta firme na etapa vespertina do pregão. Ajudado ainda pelo bom humor em Nova York, o índice doméstico terminou a sexta-feira com avanço de 2,26%, aos 81.434,98 pontos.
Desta forma, a Bolsa apurou ganho semanal de 1,96%, engatando a sexta semana consecutiva de valorização, em meio ao exterior mais tranquilo e ao maior otimismo dos investidores em relação às eleições depois que o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), pró-mercado, obteve o apoio do Centrão à sua candidatura. O nome da senadora Ana Amélia (PP-RS) para compor a chapa do tucano como vice também foi visto como fator favorável a Alckmin.
Já o dólar manteve-se em queda expressiva ao longo da sessão, renovando mínimas à tarde e fechando a R$ 3,7080 (-1,35%) no segmento à vista, acompanhando o movimento da moeda americana no exterior. O câmbio foi influenciado ainda pelo ingresso de recursos estrangeiros no País e pela perspectiva de crescimento de Alckmin na corrida eleitoral, ao mesmo tempo em que o candidato Ciro Gomes (PDT) ficou isolado após o PSB fechar acordo com o PT pela neutralidade dos pessebistas no cenário nacional, evitando o apoio da sigla ao pedetista.
Na semana, a divisa americana recuou 0,25% - a quinta queda semanal seguida. No campo internacional, os dados sobre o mercado de trabalho americano em julho aquém das expectativas deram espaço para o recuo do dólar e contribuíram para derrubar o rendimento dos Treasuries.