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Processo mudou gestão de fabricante de rodas

O pedido de recuperação judicial foi o pontapé para uma reviravolta na gestão da Mangels

15 set 2019 - 05h11
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O pedido de recuperação judicial da Mangels, fabricante de rodas de alumínio para o setor automotivo, foi o pontapé para uma reviravolta na gestão da empresa. "Depois de entrar no processo, ou você fica sob a proteção da lei ou vai à luta. Escolhemos a segunda opção", diz o diretor da Mangels, Fabio Mazzini, que tocou a reestruturação da empresa.

O pedido ocorreu em novembro de 2013, mas o plano de reestruturação só foi aprovado um ano depois. Foi um período difícil, lembra Mazzini. As negociações com os bancos foram duras, os funcionários ficaram assustados e a empresa não tinha crédito com ninguém. "Visitava cliente por cliente para explicar a situação e negociava com os fornecedores prazos mais longos. No começo, eram só cinco dias para o pagamento das faturas, depois subiu para dez."

Em paralelo à renegociação da dívida, a empresa decidiu fazer mudanças internas para superar a crise. O primeiro passo foi cortar despesas, mas privilegiando o "chão de fábrica", onde estão os operários. O número de executivos da empresa foi reduzido de 55 para 18; e o de diretores, de 5 para 1. "A gente podia não trocar lâmpada ou cortar a grama, mas não mexemos nos benefícios para os trabalhadores."

A empresa saiu menor da crise, mas os resultados já melhoraram a ponto de permitir investimentos sem a necessidade de crédito.

Estadão
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