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Petróleo fecha em baixa, pressionado por liberação de reservas e Opep+

31 mar 2022 - 16h14
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte baixa nesta quinta-feira, 31, em sessão na qual o anúncio da liberação de 1 milhão de barris por dia (bpd) das reservas especiais dos Estados Unidos para tentar conter os preços dos combustíveis pressionou o mercado. Além disso, a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de aumentar gradualmente sua produção foi observada no setor.

O contrato do WTI para maio fechou em baixa de 6,99% (US$ 7,54), a US$ 100,28 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuou 6,04% (US$ 7,54), a US$ 104,71 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A Eurasia considera que a liberação de reservas enfrentará problemas "técnicos e políticos". Os EUA irão potencialmente disponibilizar 1 milhão bpd durante 180 dias além de atuar para coordenar liberações com outros países da Agência Internacional de Energia (AIE). A avaliação é de que o país não tem capacidade de acelerar o crescimento da produção no curto prazo, nem de fomentar grandes avanços de outras nações produtoras. Com isso, a liberação é o meio mais efetivo para colocar pressão imediata de baixa nos preços.

Ainda assim, a Eurasia acredita que o risco geopolítico continua a impor pressão de alta sobre os preços e que a liberação não compensará totalmente descasamentos na oferta. Enquanto isso, a Opep+ decidiu hoje acelerar o ritmo de aumento da produção da commodity a 432 mil bpd em maio. Anteriormente, o grupo vinha elevando a oferta em 400 mil bpd mensalmente, conforme acertado no ano passado. Na visão da Capital Economics, a grande questão é se o grupo conseguirá cumprir com a meta. A consultoria observa alguns desafios para isso, como uma provável queda na produção russa por conta das sanções ocidentais.

Enquanto isso, a intenção do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em receber pelas exportações de hidrocarbonetos limitou as perdas do petróleo. Hoje, o líder assinou um decreto em que determina que "países não amigáveis" paguem compras de gás natural russo por meio de rublos, não mais em dólar ou outras divisas. "O Ocidente terá que pagar pela guerra econômica que deflagra contra o nosso país", afirmou Putin, no discurso em que revelou a medida. Já europeus seguem indicando que a medida representa quebra contratual.

Estadão
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