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Petróleo fecha em alta com queda de estoques nos EUA

3 jul 2019 - 16h59
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 3, ganhando força após dados do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos registrarem nova queda dos estoques americanos, ainda que mais moderada do que as expectativas. Por outro lado, preocupações com a demanda global pela commodity contiveram os ganhos na sessão de hoje.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com entrega para agosto encerrou o pregão em alta de 1,93%, para US$ 57,34 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent para setembro ganhou 2,27%, a US$ 63,82 o barril.

Pela terceira semana consecutiva, o DoE divulgou a redução dos estoques dos EUA, registrando recuo de 1,085 milhões de barris. A leitura vem na mesma semana do acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para estender os cortes na produção de petróleo por nove meses, em tentativa de estabilizar o mercado da commodity e estabilizar os preços. O cartel e seus aliados concordaram em produzir 1,2 milhão de barris por dia (bpd), em relação aos níveis de outubro de 2018, a menos até 31 de março de 2020.

No entanto, indicadores recentes vêm registrando forte desaceleração da atividade industrial em diversos países ao redor do mundo, como na Alemanha, EUA, China, Reino Unido, Japão e zona do euro. No início da semana, o índice de gerentes de preços (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial global recuou ao menor nível desde 2012. Na avaliação de analistas da Capital Economics, "os preços do petróleo tiveram leve alta, mas as preocupações com a demanda colocaram um teto sobre os ganhos".

O cenário mundial de tensões e perspectiva de menor crescimento econômico global também contribuem para as incertezas relacionadas ao petróleo. Nas últimas semanas, a retórica de agressividade entre EUA e Irã vem escalando, com ameaças de sanções americanas e anúncio de ultrapassagem dos limites internacionais de urânio enriquecido pelo país persa.

Além disso, Washington e Pequim não suspenderam tarifas em vigor e não têm data-limite para chegar a um acordo, apesar da trégua firmada. No início desta semana, o presidente Donald Trump ameaçou, ainda, impor tarifas adicionais à União Europeia (UE) em meio a uma disputa comercial de longa data na Organização Mundial do Comércio. / Com informações da Dow Jones Newswires

Estadão
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