PUBLICIDADE

PP negocia mais de R$ 250 mi em emendas para votar Orçamento

Fora dos cargos de primeiro escalão no novo governo, PP ficou sem incentivos para apoiar os projetos defendidos pelo presidente eleito

12 dez 2018 - 09h17
(atualizado às 11h07)
Compartilhar
Exibir comentários

Sob ameaça de o Orçamento de 2019 não ser votado a tempo do fim do ano, o governo negocia a liberação de mais R$ 250 milhões de emendas para Partido Progressista (PP). Fora das articulações para construção do primeiro escalão e sem um canal de diálogo com o novo governo, o PP ficou sem incentivos para apoiar os projetos defendidos pelo presidente eleito.

No plenário, desagradou parlamentares do PP a oposição feita pela liderança do PSL na Câmara, o Delegado Waldir (PSL-GO), para barrar o projeto que trata do passivo do Funrural de autoria do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Além disso, os progressistas fizeram parte da articulação para aprovar o projeto que prorroga os incentivos fiscais para Sudam, Sudene e Sudeco, que o governo de Bolsonaro tentava barrar, por fazer parte do pacote das pautas bombas de fim de legislatura, que oneram o orçamento da União. O apoio à aprovação da matéria teve adesão da maioria dos partidos.

Sob ameaça de o Orçamento de 2019 não ser votado a tempo do fim do ano, o governo negocia a liberação de mais R$ 250 milhões de emendas para Partido Progressista (PP).
Sob ameaça de o Orçamento de 2019 não ser votado a tempo do fim do ano, o governo negocia a liberação de mais R$ 250 milhões de emendas para Partido Progressista (PP).
Foto: Reuters

O PP reclama que ficou de fora da indicação até mesmo de nomes técnicos para o novo governo e não participou das conversas da formação do primeiro escalão. Bolsonaro preferiu dialogar com as bancadas suprartidárias, como a bancada ruralista e evangélica, ao invés de partidos, embora tenha emplacado três ministros de uma mesma legenda, o DEM.

O presidente da Comissão Mista de Orçamento, Mário Negromonte Júnior, é do partido. Com o avanço das negociações, a expectativa é que o Orçamento seja votado na CMO e no plenário nesta quinta-feira, depois dos projetos "bombas" que ameaçam o ajuste fiscal do próximo governo. Segundo apurou o Broadcast, além da disputa pelas emendas, há uma briga pelos recursos setoriais nos Ministérios. A área de assistência social reclama por mais recursos em 2019.

A não votação do Orçamento em 2019 pode prejudicar a implantação da reforma ministerial. É que as mudanças na destinação de recursos para a nova estrutura na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não podem ser feita sem a aprovação da Lei Orçamentária.

Veja também:

Top Político: PF liga Aécio a propina de R$ 109,3 milhões:
Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade