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Os smartphones podem substituir as agências bancárias?

Com novas funcionalidades, aplicativos estão se tornando a opção preferencial do cliente para movimentar suas contas, apontam novos estudos do setor.

22 mai 2018 - 14h03
(atualizado às 14h28)
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Os bancos britânicos hoje enviam, a cada segundo, mais de 16 alertas por mensagens de texto, uma indicação do quanto dependemos cada vez mais atualmente dos smartphones do que de computadores para cuidar de nosso dinheiro.

Consultoria prevê que mais britânicos farão transações bancárias pelo celular do que pelo computador no próximo ano.
Consultoria prevê que mais britânicos farão transações bancárias pelo celular do que pelo computador no próximo ano.
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Cerca de 512 milhões de alertas foram emitidos no ano passado para avisar às pessoas que seu salário havia sido depositado ou que suas contas estavam entrando no vermelho, de acordo com um relatório do UK Finance, órgão que representa as empresas do setor financeiro do Reino Unido.

O documento The Way We Bank Now (Como Usamos o Banco Hoje, em tradução livre do inglês) aponta para o papel crescente de novas tecnologias em nossas finanças pessoais: em 2017, foram mais de 5,5 bilhões de acessos a aplicativos bancários, um aumento de 13% em relação ao ano anterior.

Esses serviços bancários móveis são mais populares entre os mais jovens, com 59% daqueles com idades entre 16 e 24 anos e 69% daqueles entre 25 e 34 anos afirmando usar seus celulares para esse fim. Em comparação, quase metade (49%) do público acima de 65 anos ainda prefere o computador.

Celular x computador

Esses números foram divulgados um dia após a consultoria CACI prever que mais consumidores britânicos farão operações bancárias pelo celular do que pelo computador já no início de 2019.

Serão 47% dos usuários, em comparação com 41% atualmente, enquanto 36% ainda preferirão fazer transações por um site tradicional, abaixo dos 42% de hoje.

Em 2017, 22 milhões de pessoas gerenciaram suas contas pelos telefones conectados. A CACI prevê que esse número chegará a 35 milhões - 72% da população adulta britânica - em 2023.

A consultoria diz que, a essa altura, os clientes só visitarão uma agência bancária duas vezes por ano, em comparação com cinco visitas anuais hoje.

Com novas funcionalidades, aplicativos estão se tornando a opção preferencial do cliente.
Com novas funcionalidades, aplicativos estão se tornando a opção preferencial do cliente.
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A CACI também afirma que o aumento do uso de aplicativos bancários será ainda mais intenso em áreas rurais e cidades menores, devido à frustração dos consumidores com problemas no acesso à banda larga disponível para os computadores.

Mais funções, menos agências

Inicialmente, aplicativos só permitiam que as pessoas checassem seu saldo e as transações mais recentes, mas, agora, podem ser usados para operações mais complexas, como agendar pagamentos e fazer transferências.

A tecnologia também está mudando a forma como os extratos são apresentados. Alguns já informam quando pagamentos regulares e pendentes serão feitos e como afetarão o saldo da conta.

"Com tantas novas funcionalidades, os aplicativos estão se tornando a opção preferencial do cliente. Prevemos que, em 2019, mais usuários acessarão suas contas pelo celular do que pelo site", disse a CACI.

Isso significa que os bancos irão rever a localização e o número de agências, seguindo uma tendência já em curso, com as principais redes do Reino Unido fechando agências nos últimos anos e novos planos nesse sentido anunciados recentemente.

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