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Nubank chama Roberto Campos Neto para diretoria; ex-chefe do BC deve assumir o cargo após quarentena

Ex-presidente do BC pode assumir cargo a partir de 1º de julho; convite foi para diretor global de Políticas Públicas, responsável pela interação entre a fintech e órgãos reguladores

6 mai 2025 - 19h39
(atualizado às 21h54)
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O Nubank convidou o economista Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, para ocupar postos na diretoria. De acordo com a instituição, o executivo manifestou a intenção de aceitar os postos após o fim da quarentena pós-BC, em 1º de julho deste ano.

O convite foi para que Campos Neto ocupe as posições de diretor global de Políticas Públicas, responsável pela interação entre a fintech e os órgãos reguladores dos países em que atua; e também de vice-Chairman da fintech e de membro do conselho de administração.

Campos Neto se tornou o primeiro presidente do Banco Central após a aprovação da independência do órgão no Congresso
Campos Neto se tornou o primeiro presidente do Banco Central após a aprovação da independência do órgão no Congresso
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Campos Neto terá como responsabilidade apoiar a expansão internacional da empresa, de acordo com a fintech. Além disso, o Nubank afirma que o ex-chefe do BC ajudará a elevar a análise econômica e de risco do Nubank no Brasil e na América Latina, contribuindo para o desenho da estratégia da empresa no longo prazo.

"Damos as boas-vindas a Roberto Campos Neto, que tem sido um dos principais pensadores do mundo sobre como usar a tecnologia para avançar os sistemas financeiros locais por meio de sistemas como o Pix e o Open Finance", diz em nota o CEO e cofundador do Nubank, David Vélez. Campos Neto se reportará diretamente a ele.

"Estamos confiantes de que sua vasta experiência técnica nos setores financeiro e regulatório proporcionará uma liderança estratégica valiosa para o crescimento contínuo de nosso portfólio e operações na América Latina e em futuras geografias", complementa o executivo.

Campos Neto já informou a Comissão de Ética Pública (CEP), órgão do governo que monitora potenciais conflitos de interesse envolvendo ex-membros de entidades federais.

"Estou ansioso por essa mudança de carreira e por liderar as equipes do Nubank em sua jornada contínua para desenvolver produtos e serviços financeiros inovadores, apoiando políticas e regulações modernas e competitivas no cenário internacional, levando a um maior acesso, transparência e qualidade para os consumidores", diz Campos Neto, na nota do Nubank.

O executivo esteve à frente do Banco Central entre 2019 e o final de 2024. Durante este período, no governo de Jair Bolsonaro, o Congresso aprovou a independência do Banco Central, e Campos Neto se tornou o primeiro presidente do regulador na nova fase. Desta forma, ele seguiu no BC mesmo com o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023, de quem foi alvo de duras críticas.

Antes de atuar no BC, Campos Neto fez carreira no mercado financeiro, em quase todo o tempo nas mesas de operações de bancos e de gestoras. Entre 2010 e 2019, foi o responsável pelas áreas de tesouraria e formador de mercado regional e internacional no Santander Brasil.

Seu mandato no regulador foi marcado pelo lançamento do Pix em 2020, fruto de um desenvolvimento que começou ainda sob a gestão de Ilan Goldfajn, e do Open Finance. Além disso, ocorreu em um contexto de salto da participação de mercado das fintechs após a pandemia da covid-19, que acelerou a digitalização dos serviços financeiros. O Nubank liderou este processo.

O destino de Campos Neto após a passagem pelo BC vinha sendo alvo de especulações no mercado. Na imprensa, notícias deram conta de que ele recebeu sondagens de empresas como a JBS, algo que não foi confirmado oficialmente.

Estadão
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