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Novo índice de sustentabilidade bate Ibovespa e ISE

6 set 2011 - 20h21

Nos últimos anos, o apelo por ações de empresas consideradas mais transparentes, com solidez financeira e socioambientalmente responsáveis tem ganhado espaço entre investidores, porque entendem que estas são mais seguras, especialmente em tempos de baixa do mercado. Essa lógica parece ser reforçada com um novo índice acionário que deve ser lançado até o final do ano no Brasil pela consultoria espanhola Management & Excellence. Batizado de Sustainability Stars Index, o referencial composto por papéis de 18 companhias listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acumulou uma valorização de 4,4% de dezembro de 2009 até o final do mês passado. Em termos totais, o número é pequeno. Mas, comparado com o Ibovespa, que acumulou queda de 17,6% no período, a "vantagem" é de 22%. A rentabilidade também é 7,4% maior do que a do ISE, o índice de sustentabilidade da BM&FBovespa. Segundo o sócio da M&E William Cox, uma das explicações para a diferença de desempenho de seu índice em relação aos da bolsa paulista é o fato de as componentes da carteira serem submetidas a critérios mais rígidos de qualificação. Embora o valor de mercado seja pré-condição para a empresa fazer parte do portfólio, sua fatia é ponderada por um conjunto de métricas sobre desempenho em fatores como governanança e gestão financeira. Contam pontos nessa análise fatores como a obediência a padrões internacionais de governança ou a presença no Dow Jones Sustainability Index, o mais respeitado indicador internacional de empresas consideradas sustentáveis. "Quanto melhor a empresa se sai nessa medição, maior sua fatia no índice", disse Cox. Numa segunda etapa, são considerados fatores de equilíbrio da empresa, como lucratividade e solidez financeira. Foi esse filtro que deixou de fora a gigante Petrobras, embora a estatal tenha pontuado bem na primeira etapa. "A empresa tem tido muita volatilidade nos últimos anos em alguns indicadores de performance", explicou. O novo índice da M&E será rebalanceado anualmente, sempre em dezembro. Atualmente, é composto por Bradesco, Bicabanco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Cemig, Embraer, Fibria, Natura, AmBev, Braskem, BRF, CPFL, Pão de Açúcar, Redecard, TAM, TIM Participações, Ultrapar e Vale.