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Novo CEO da Boeing assume com missão de resolver crise do 737 MAX

13 jan 2020 - 09h59
(atualizado às 11h41)
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O novo presidente-executivo da Boeing, David Calhoun, assume o cargo nesta segunda-feira enquanto a fabricante norte-americana de aviões luta para se recuperar de dois acidentes com sua aeronave 737 MAX, que mataram 346 pessoas e fizeram o avião ser suspenso em todo o mundo em março.

Novo presidente-executivo da Boeing, David Calhoun
29/04/2019
Jim Young/Pool via REUTERS
Novo presidente-executivo da Boeing, David Calhoun 29/04/2019 Jim Young/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Calhoun, 62 anos, um diretor de longa data da Boeing nomeado presidente do conselho em outubro, após o colegiado remover Dennis Muilenburg do cargo, foi nomeado presidente-executivo em 23 de dezembro após a demissão de Muilenburg em meio a crescentes preocupações sobre o relacionamento da empresa com os reguladores e maneira como lidou com a crise do 737 MAX.

A Boeing estimou os custos da suspensão da aeronave em mais de 9 bilhões de dólares até o momento e deve divulgar custos adicionais significativos durante a apresentação do balanço financeiro do quarto trimestre em 29 de janeiro. A Boeing enfrenta custos crescentes por interromper a produção do MAX este mês, compensando as companhias aéreas pelos voos perdidos e dando assistência à sua cadeia de fornecimento. A empresa também está considerando aumentar mais dívidas.

Calhoun, executivo de longa data do grupo de private equity Blackstone e diretor de crises corporativas, já está trabalhando para reparar os relacionamentos da empresa com reguladores, companhias aéreas e parlamentares. Anteriormente, ele comandou uma divisão da General Electric que incluía motores de avião.

Na semana passada, o conselho e o presidente-executivo interino inverteram o curso e recomendaram aos reguladores a exigência de treinamentos em um simulador para os pilotos antes de retomarem as operações do 737 MAX. Os diretores também autorizaram a divulgação de mais de 100 páginas de mensagens internas prejudiciais que mostravam os esforços da empresa para evitar o oneroso treinamento em simuladores em meio a perguntas preocupantes sobre sua cultura corporativa.

Em um email, um funcionário disse que o 737 MAX foi "projetado por palhaços que, por sua vez, são supervisionados por macacos". Uma fonte próxima a Calhoun disse no domingo que era importante que os funcionários vissem os emails, que a Boeing descreveu na semana passada como "completamente inaceitáveis".

Calhoun quer "se livrar da cultura da arrogância" na Boeing que levou às mensagens escritas por um pequeno número de funcionários e garantir que os funcionários "se responsabilizem", disse a pessoa.

Na sexta-feira, o conselho aprovou um salário anual de 1,4 milhão de dólares para Calhoun e uma compensação de longo prazo de 26,5 milhões se ele atingir algumas metas, incluindo o retorno ao serviço do 737 MAX.

A Reuters informou que a FAA não deve aprovar o retorno do MAX até pelo menos fevereiro, ou, potencialmente, março ou mais tarde. As companhias aéreas dos EUA cancelaram os voos do MAX até o início de abril ou depois disso.

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