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Nissan inicia vendas do elétrico Leaf e produzirá híbridos no País

Presidente da empresa avalia com a matriz japonesa projeto de um veículo flex-elétrico que poderá usar etanol

18 jul 2019 - 21h15
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A Nissan iniciou ontem as vendas do elétrico Leaf no Brasil, assim como na Argentina, no Chile e na Colômbia. Também começou a entregar as primeiras 20 unidades encomendadas desde novembro. É o carro 100% elétrico mais vendido no mundo, com 400 mil unidades desde o lançamento em 2010.

O próximo passo da fabricante em seu plano de eletrificação no País será a produção, em Resende (RJ), de um veículo híbrido com a tecnologia chamada de e-power, no qual o motor a gasolina apenas carrega a bateria. Junto à matriz, a filial também estuda uma versão flex-elétrica, que usará etanol.

Em evento em São Paulo, o presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva, disse que o plano global do grupo é lançar 20 modelos com tecnologias de eletrificação e autônomas até 2022. "Certamente há produtos para o Brasil e o híbrido, no momento, é o mais viável", afirmou.

"Ainda não há plano para produzir carros 100% elétricos aqui pois precisamos avaliar o mercado e aguardar até que tenha escala", disse Silva. Segundo ele, o sedã Leaf, que foi totalmente renovado no ano passado, é o primeiro passo para esse processo.

No mercado, as apostas são de que o primeiro híbrido da Nissan será o utilitário Kicks, com base na tecnologia do Note e-power japonês. A Toyota será a primeira marca a produzir um híbrido no Brasil, a partir de outubro, em Indaiatuba (SP). O Corolla será o primeiro automóvel do mundo a rodar com eletricidade, gasolina ou etanol.

O Leaf custa R$ 195 mil, preço que inclui kit com carregador de parede (a ser instalado por técnico da empresa), cabo de recarga e adaptador para ser usado, por exemplo, nos postos de recarga já instalados em várias cidades.

Quem fez a pré-c0mpra vai pagar R$ 178,4 mil. A diferença se deve à inclusão dos acessórios para recarga e da variação cambial - o modelo vem da Inglaterra e tem autonomia para rodar 240 km. É isento de imposto de importação e recolhe hoje 12% de IPI, mas até o fim do ano a alíquota deverá cair para 8%.

O Brasil vai receber 200 unidades do Leaf neste ano. No primeiro semestre foram vendidos em todo o País apenas 26 veículos elétricos, 7% a menos ante igual período de 2018, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Estavam disponíveis três modelos: Renault Zoe (R$ 150 mil), Jaguar E-Pace (R$ 450 mil) e BMW i3 (de R$ 206 mil a R$ 230 mil). Em outubro, a General Motors iniciará as vendas do Bolt a R$ 175 mil.

Segundo Silva, o mercado ainda está em desenvolvimento e há poucos produtos disponíveis. Para ele, as características dos elétricos vão atrair mais consumidores no futuro. O custo de manutenção do Leaf, por exemplo, é 30% inferior ao de um carro a combustão e o gasto com combustível é 3,5 vezes inferior. "Quem percorre 70 km por dia com um elétrico vai economizar, em um ano, R$ 10 mil em combustível". Além disso, não emite poluição e é silencioso.

Estadão
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