Mercado eleva expectativa de inflação para 7,62% em 2016
A perspectiva para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2016 foi revisada para cima pela oitava semana consecutiva, passando de 7,61% para 7,62%, segundo os economistas consultados pelo BC (Banco Central) para o Boletim Focus.
Os economistas preveem piora dos preços livres, uma vez que a estimativa de alta para os preços administrados, que são estabelecidos por contrato ou órgão público, foi reduzida de 7,70% para 7,50%, na primeira mudança em 10 semanas.
Para 2017, a perspectiva para a inflação oficial, medida pelo IPCA, permaneceu em 6%, no limite da margem de flutuação estipulada pelo governo. A perspectiva para preços administrados também continuou em 5,50%.
As revisões acontecem após o rebaixamento do rating brasileiro pela Standard & Poor’s (S&P) na última quarta-feira (17). A agência de classificação de risco reduziu a nota brasileira de BB+ para BB, no segundo nível dentro da escala de grau especulativo, e manteve a perspectiva negativa para o rating, indicando que um novo rebaixamento pode acontecer em até 12 meses.
Selic
Mesmo com a projeção de inflação maior para 2016, a estimativa para a Selic neste ano foi mantida em 14,25%, com os economistas apostando na manutenção do discurso mais brando do BC em relação aos juros. Para 2017, a estimativa caiu de 12,75% para 12,63%.
PIB
A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2016 passou de queda de 3,33% para retração de 3,40%. Para o próximo ano, a expectativa para o PIB foi reduzida de crescimento de 0,59% para 0,50%. Em ambos os casos foi a quinta revisão para baixo consecutiva.
Dólar
O valor da moeda norte-americana para o fim de 2016 foi reduzida de R$ 4,38 para R$ 3,36. Ao fim de 2017, a estimativa permanece em R$ 4,40.
A perspectiva para a dívida líquida do setor público permaneceu em 40,70% do PIB em 2016. Para o próximo ano, a estimativa continua em 44% do PIB.
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