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Maioria do mercado vê corte de juros pelo BC só depois de janeiro após comunicado

Entre 34 casas consultadas pelo 'Projeções Broadcast', 17 projetam início do afrouxamento monetário em março, contra 13 que estimam cortes na Selic já em janeiro, e quatro, em abril

11 dez 2025 - 19h26
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O discurso do Banco Central no comunicado de quarta-feira, 10, lido por boa parte do mercado como ainda bastante conservador, manteve a ideia de que as apostas de que os cortes na Selic devem começar apenas em março de 2026.

Entre 34 casas consultadas nesta quinta-feira, 11, pelo Projeções Broadcast, 17 projetam início do afrouxamento monetário no mês de março, contra 13 que estimam cortes na Selic já em janeiro. Para outras quatro instituições, as reduções na Selic devem ficar para abril.

Em relatório divulgado nesta quinta-feira, o BNP Paribas avaliou que o comunicado da reunião de dezembro do Copom manteve o tom cauteloso e paciente, em meio a um processo de desinflação que ainda não se concretizou.

Discurso do Banco Central no comunicado foi lido por boa parte do mercado como ainda bastante conservador
Discurso do Banco Central no comunicado foi lido por boa parte do mercado como ainda bastante conservador
Foto: Jonas Pereira/Agência Senado / Estadão

"É importante destacar que a revisão para baixo das expectativas de inflação do BC para 2026 (3,6% para 3,5%) e segundo trimestre de 2027 (3,3% para 3,2%) foi impulsionada por uma atualização nos preços regulados, não nos preços de mercado — a parte da inflação que é mais suscetível a mudanças no nível econômico ou na política monetária restritiva", observam.

A perspectiva de cortes apenas em março é corroborada pela economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal. "Teremos sinais mais claros da desaceleração gradual em curso da atividade na reunião de março do que em janeiro. O nosso cenário base é de que essa moderação será questionada agora no quarto trimestre", afirma ela. "Além disso, em março já deveremos 'sentir um cheiro' do impacto inicial do Imposto de Renda e alguns indicadores de janeiro", acrescenta.

A SulAmérica mantém em seu cenário-base a previsão de corte de 0,50 ponto porcentual no juro básico em março e Selic terminal de 11,5% em 2026, mas com assimetria altista, a depender de quando as reduções começarem.

A parcela do mercado que vê a porta para afrouxamento monetário aberta em janeiro, porém, se escora no que pode ser considerado pequenos ajustes na comunicação do BC no comunicado de quarta, além das revisões baixistas para as projeções de inflação.

"As pequenas mudanças no comunicado, em especial a redução na projeção de inflação, indicam espaço para que o BC inicie o ciclo de corte de juros a partir da próxima reunião do Copom, se as condições de contorno estiverem similares ao momento atual", destacou o Bradesco em relatório. O cenário-base do banco hoje é de um corte inicial de 0,25 ponto porcentual no juro básico em janeiro.

O sócio e fundador da Eytse Estratégia, Sergio Goldenstein, vai na mesma linha e considera que "ajustes pontuais" na comunicação de quarta do BC devem garantir o início de cortes no juro já no próximo encontro do Copom. Ele destaca, por exemplo, que ao avaliar o mercado de trabalho, o BC usou o termo "resiliente" e não mais "dinâmico".

Além da revisão baixista no front inflacionário, ele também observa que os dados da economia no terceiro trimestre, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,1%, deram mais confiança de que a política monetária está funcionando.

Estadão
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