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Lucro da BR Distribuidora salta no 4º tri; empresa pagará R$1 bi em dividendos

13 mar 2018 - 20h52
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A BR Distribuidora, empresa de combustíveis controlada pela Petrobras, teve lucro líquido de 531 milhões de reais no quarto trimestre de 2017, alta de 921,2 por cento ante o mesmo período do ano anterior, informou a empresa ao mercado nesta terça-feira.

O salto no resultado se deu sobre uma base fraca no ano anterior, quando foram contabilizadas provisões para indenizações do Programa de Incentivo a Demissão Voluntária (PIDV) e maiores perdas e provisões em processos judiciais e administrativos.

Mas a líder no mercado de distribuição de combustíveis e lubrificantes no país também reportou uma melhora nas margens de comercialização na primeira vez em que publicou seus resultados trimestrais após abrir o seu capital em dezembro na bolsa paulista B3, com uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Em 2017, o lucro líquido da empresa foi de 1,151 bilhão de reais, revertendo prejuízo de 315 milhões e reais em 2016, "com a melhora de margens em todos os segmentos e também em função das menores perdas e provisões para processos judiciais e administrativos".

"Os números refletem melhora no desempenho operacional da companhia, em linha com a estratégia de recuperação de rentabilidade apresentada ao mercado durante a abertura de capital, realizada em 15 de dezembro de 2017", disse a empresa, em nota.

Já o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da BR Distribuidora foi de 883 milhões de reais nos últimos três meses do ano passado, alta de 7,7 por cento ante um ano antes, principalmente em função da redução das despesas operacionais, que compensou a redução do lucro bruto no período.

"O decréscimo no lucro bruto em 2017 (-1,5 por cento) refletiu a queda no volume de vendas na rede de postos associado ainda ao avanço dos players regionais e o menor volume vendido às térmicas, compensados parcialmente pelo aumento nas margens de comercialização", disse a empresa.

Em 2017, o Ebitda ajustado alcançou 3,067 bilhões de reais, alta de 2,4 ante 2016, refletindo a melhora nas margens de comercialização e a redução das despesas operacionais, com destaque para a queda das despesas com pessoal em relação a 2016.

A receita líquida alcançou 23,2 bilhões de reais no quarto trimestre (alta de 9,6 por cento), em função dos maiores preços médios de realização de produtos. Em 2017, a receita líquida foi de 84,6 bilhões, queda de 2,4 por cento devido a menores volumes vendidos em relação a 2016, parcialmente compensados pelo aumento dos preços médios de venda de produtos.

A Rede de Postos apresentou no quarto trimestre volume de vendas 0,9 por cento inferior ao mesmo período do ano passado. Na comparação anual, o volume de vendas em 2017 foi 4,4 por cento inferior a 2016.

"A redução do volume vendido é atribuível à manutenção da política de preservação das margens de comercialização, priorizando a rentabilidade da companhia através de uma maior seletividade das vendas", disse a companhia.

DIVIDENDOS

O fluxo de caixa livre da BR foi de 984 milhões de reais em 2017, próximo ao lucro líquido de 1,15 bilhão de reais, o que permitirá o pagamento de 1,09 bilhão de reais em dividendos aos acionistas, o que equivale a aproximadamente 95 por cento do lucro líquido de 2017, afirmou a empresa em nota.

No quarto trimestre, o fluxo de caixa livre foi de 755 milhões de reais, uma alta de aproximadamente 37 por cento em relação ao mesmo período de 2016.

A reestruturação de capital da companhia possibilitou, segundo a BR, a redução da alavancagem, medida pelo indicador dívida líquida/Ebitda ajustado, de 3,2 em 2016 para 1,3 vez em 2017.

Em agosto de 2017, a Petrobras decidiu aportar 6,3 bilhões de reais na BR, em meio a um processo de limpeza do balanço que buscou atrair investidores para o planejado IPO da empresa.

A dívida líquida caiu 59 por cento ante 2016, para 3,885 bilhões de reais.

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