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Leilão de energia A-4 contrata R$4,3 bi em novas usinas; solares dominam

18 dez 2017 - 10h56
(atualizado às 11h20)
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O leilão de energia A-4 realizado pelo governo federal nesta segunda-feira fechou a contratação de 674,5 megawatts em novas usinas de geração, com predomínio dos empreendimentos solares, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela operacionalização da concorrência.

O montante é baixo perto da média histórica nessas licitações, mas sinaliza uma menor demanda de curto prazo das distribuidoras de energia e uma visão realista do atual cenário econômico do país, disse à Reuters a diretora da consultoria Thymos Energia, Thais Prandini.

As usinas que venceram a disputa terão até janeiro de 2021 para iniciar a operação, e, segundo a consultora, deverá haver uma demanda maior em um segundo leilão agendado para quarta-feira, o chamado "A-6", que contratará empreendimentos para geração a partir de 2023.

"O governo priorizou a contratação de usinas solares. Sem dúvida no próximo leilão as eólicas vão ter maior espaço e o leilão vai ser maior. A contratação foi baixa, mas por causa da demanda das distribuidoras", afirmou.

As usinas solares fotovoltaicas responderam por 574 megawatts em potência (ou 790,6 megawatts-pico), quase 85 por cento do total contratado. Em seguidas vieram as usinas eólicas, com 64 megawatts, plantas à biomassa, com 25 megawatts, e pequenas hidrelétricas, com 11,5 megawatts.

O preço médio do leilão foi de 144,51 reais por megawatt-hora, e entre as empresas vencedoras aparecem a AES Tietê, da norte-americana AES, e a Enel Green Power, do grupo italiano Enel, que viabilizaram empreendimentos solares, além da francesa Voltalia, a única a vencer com usinas eólicas.

Os empreendimentos contratados deverão demandar investimentos de cerca de 4,3 bilhões de reais, segundo a CCEE, dos quais 3,85 bilhões em usinas solares e cerca de 357 milhões de reais em eólicas.

Em garantia física, as usinas viabilizadas somam 228,7 megawatts médios em eletricidade.

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