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Justiça determina arresto cautelar de bens da comercializadora de energia Vega Energy

14 fev 2019 - 18h12
(atualizado às 18h24)
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A Justiça de São Paulo decidiu aceitar pedido de arresto cautelar de bens móveis e imóveis da comercializadora de energia Vega Energy e seus sócios, em meio a ação aberta por empresas do setor após a elétrica ter acumulado uma exposição financeira milionária negativa no mercado de eletricidade.

Linhas de energia em Montero Lobato (SP)
07/08/2015
REUTERS/Nacho Doce
Linhas de energia em Montero Lobato (SP) 07/08/2015 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

A atuação da Vega Energy no mercado elétrico foi limitada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) no início do mês, após um executivo admitir que a empresa enfrenta dificuldades para cumprir contratos para entrega neste ano de um montante de energia avaliado em cerca de 180 milhões de reais.

"A parte requerida foi notificada extrajudicialmente e não apresentou qualquer comportamento que indicasse que tem intenção de solver o débito... além disso, num juízo de cognição sumária, restou evidenciado o risco de esvaziamento com a finalidade de fraudar os credores", escreveu o juiz Luiz Antonio Carrer em sua decisão, com data de 13 de fevereiro.

"Existem indícios de que a requerida está em processo de quebra, podendo levar junto as autoras e dezenas de outras empresas do mercado de energia elétrica", acrescentou o juiz, após pedido das comercializadoras de energia BC, Capitale Energia, Prime Energy e Adn Energia.

O juiz também aprovou pedido de bloqueio da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e dos passaportes dos sócios da empresa, "até que a mesma ofereça garantias para o pagamento da dívida."

Procurados, representantes da Vega Energy não comentaram de imediato o teor da decisão judicial.

Após os problemas, o presidente da Vega Energy, Abenaias Silva, disse à Reuters que a empresa cometeu um erro de estratégia, ao apostar em uma queda nos preços spot da energia neste ano, sendo surpreendida com uma disparada das cotações devido às chuvas fracas na região das hidrelétricas, principal fonte de geração do Brasil.

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