PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Juros ao consumidor sobem pelo 12º mês consecutivo no Brasil

As correções revelam uma proteção do mercado contra uma eventual piora das condições econômicas, diz especialista

10 jun 2014 - 08h43
(atualizado às 08h45)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>As pessoas físicas pagaram, em média, juros de 100,76% ao ano, em maio, ante 100,31% em abril</p>
As pessoas físicas pagaram, em média, juros de 100,76% ao ano, em maio, ante 100,31% em abril
Foto: Arte Terra

Os bancos e o comércio elevaram os juros sobre os empréstimos e compras financiadas, em maio, pela quinta vez no ano, e soma a 12º mês seguido. Comportamento diferenciado em relação ao Comitê de Polícia Monetária (Copom), que manteve a taxa básica de juros (Selic) inalterada na última reunião.

Para o diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, as correções revelam uma proteção do mercado contra uma eventual piora das condições econômicas e mesmo ante possível nova subida da Selic, algo que acabou não se confirmando.

As pessoas físicas pagaram, em média, juros de 100,76% ao ano, em maio, ante 100,31% em abril. De acordo com a pesquisa da Anefac, enquanto a taxa Selic teve alta de 51,72% entre abril de 2013 e maio deste ano, quando atingiu 11% ao ano, o crédito à pessoa física aumentou 87,97%.

Apenas uma das seis linhas oferecidas às pessoas físicas manteve-se estável: a linha de crédito rotativo. Mas é justamente a que tem as maiores taxas de cobrança, que chegaram a 10,52% ao mês, em maio, o que dá salgados 232,12% em 12 meses. Na virada do mês, os juros cresceram 0,02% na média, constituindo-se no patamar mais elevado de taxas dos últimos dois anos.

No comércio, estava sendo cobrada taxa mensal de 4,62% e 71,94% ao ano, ou 0,04 ponto percentual acima da taxa de abril - a maior correção registrada na comparação mensal. Evolução semelhante se verificou no caso do cheque especial, que cobrou, em média, juros mensais de 8,22% (158,04% no ano) - taxa mais alta desde os 158,61% contabilizados em maio de 2012.

Confira quais são as maiores cargas tributárias do Brasil Confira quais são as maiores cargas tributárias do Brasil

Financiamento e empréstimo

Em relação ao Crédito Direto ao Consumidor (CDC) nos financiamentos para a compra de automóveis, os juros ficaram, em média, 1,12% mais altos, ou 0,02 ponto percentual a mais do que em abril. No mês, a taxa variou 1,8% para cima, e em 12 meses se expandiu 23,87%.

Para contratar um empréstimo pessoal nos bancos, o tomador teve que pagar juros de 3,41% ao mês (49,54% ao ano), com alta de 0,29% sobre o mês anterior. Esse mesmo tipo de crédito em financeiras custa mais do dobro; o cliente paga juros de 7,29% ao mês (132,65% ao ano), uma elevação de 0,14%.

O dinheiro para capital de giro ficou 2,22% mais caro, com taxa de 1,84% ao mês (24,46% ao ano); no desconto de duplicada, ocorreu alta de 0,81%, com taxa mensal de 2,48% (34,17% ao ano); e sobre a conta garantida, houve alta de 0,34% em relação a abril, com taxa de 5,92% ao mês e (99,40% ao ano).

As empresas enfrentaram elevações nas três linhas de crédito mais comuns. Na média, a alta foi 0,59% no mês, com taxa de 3,41% ao mês (49,54% ao ano), a mais elevada desde agosto de 2012. 

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade