Jornal mostra como técnicas da CIA que podem impulsionar sua carreira
Ao contrário do mostram os filmes de Hollywood, os espiões da central de inteligência americana (Cia, na sigla em inglês) confiam muito mais no uso da psicologia, do que na tecnologia dos carrões mais velozes e dos dispositivos biométricos exacerbados nas telas de cinema. Para mostrar como as estratégias dos agentes secretos podem ser usadas no mundo corporativo, o periódico britânico Wall Street Journal fez uma lista de quatro lições que podem ser traduzidas para as grandes empresas.
Segundo o jornal, em vez de dispositivos eletrônicos, os agentes da CIA usam técnicas comportamentais para extrair informações de pessoas - técnicas que podem ser amplamente aplicadas no dia a dia das corporações. As informações são da ex-agente da CIA JC Carleson, que passou nove anos infiltrada antes de escrever um livro sobre como as técnicas da agência podem impulsionar carreiras. Veja as principais recomendações:
1. Recrutamento
É uma tarefa importante na CIA fazer o recrutamento de espiões potenciais, que terão condições de manter uma rede de informações valiosa sobre determinado assunto. Também é fundamental recrutar grandes especialistas para uma ação imediata, como cientistas nucleares, altos comandantes militares, oficiais de inteligência rivais, que podem desestabilizar instituições e auxiliar no trabalho da agência.
Pois essa preocupação com um recrutamento eficaz e duradouro também é muito valioso no mundo empresarial. Principalmente nas organizações mais competitivas, a busca pelos melhores profissionais é uma norma. Estar preparado para as oportunidades é primordial, além de saber mostrar, na hora do recrutamento, a habilidade de liderança.
2. Construir uma ampla rede de relacionamento
Agentes da CIA apreciam o valor de uma rede de informações que se espalha em todas as direções, desde um diplomata com dados confidenciais, até o carteiro que carrega documentos sigilosos. No mundo dos negócios também é importante manter um bom relacionamento não só com o chefe, mas com a secretária, por exemplo, que pode decidir de transfere ou não uma ligação sua para um executivo que você tenta conversar há tempo.
3. Afaste-se das planilhas
Com acesso a dados e imagens sofisticadas, algumas pessoas chegaram à conclusão que o Iraque possuía armas nucleares, o que não se confirmou verdadeiro. Neste caso, a autora lembra que a diferença entre os dados analisados em planilhas e a realidade local podem ser muito grandes. "Claro que os dados são importantes, mas um excesso de confiança em métricas, planilhas e previsões podem deixar os executivos cegos para a verdade lá fora", diz JC Carleson.
4. Manipular não é uma palavra ruim
Para os agentes da CIA, os prazos de execução dos planos são curtos e é preciso pensar em todos os detalhes para que o objetivo final seja alcançado. Um encontro com o alvo de uma operação, por exemplo, deve ser planejado levando em conta o lugar escolhido, a análise de todas as saídas, iluminação necessária, tudo isso por meio de uma manipulação sutil do entorno que permita atingir o alvo. A autora diz que essas preocupações com tudo que envolve a execução de um plano, também devem ser vistas com bons olhos na carreira.