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JHSF, com lucro em alta, estuda nova expansão do aeroporto de aviação executiva Catarina

Com lucro líquido consolidado de R$ 245,8 milhões no 2º trimestre, 45,6% acima do obtido no mesmo período de 2024, a holding de negócios de luxo ganha mais fôlego para investir

15 ago 2025 - 17h09
(atualizado às 17h11)
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A JHSF, holding de negócios de luxo, está avaliando uma nova expansão do aeroporto de aviação executiva Catarina, situado em São Roque (SP), mesmo antes de terminar as obras em andamento. A direção avalia que o projeto atual não será suficiente para atender à demanda crescente, o que já motiva o início de estudos para ir além.

O projeto é pensado em um contexto de bons resultados da companhia. A JHSF teve lucro líquido consolidado de R$ 245,8 milhões no segundo trimestre de 2025, o que representa uma alta de 45,6% em relação ao mesmo período do ano passado (leia mais abaixo).

Neste momento, JHSF está ampliando de 12 para 16 a quantidade de hangares no aeroporto Catarina, com previsão de entregar obras até o fim do ano. A obra inclui um pátio adicional para aeronaves, uma nova pista de taxiamento, além de nova área de apoio à tripulação.

Inaugurado em 2019, o Catarina já é o maior aeroporto de aviação executiva em termos de movimentos internacionais do Estado de São Paulo
Inaugurado em 2019, o Catarina já é o maior aeroporto de aviação executiva em termos de movimentos internacionais do Estado de São Paulo
Foto: Epitacio Pessoa/Estadão / Estadão

"Essa obra vai acomodar boa parte da lista de espera que tem hoje, que passa de cem aeronaves, mas já estamos percebendo que será preciso uma nova expansão depois desta", antecipou o presidente da JHSF, Augusto Martins, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Inaugurado em 2019, o Catarina já é o maior aeroporto de aviação executiva em termos de movimentos internacionais do Estado de São Paulo, respondendo por 76% dos pousos e decolagens.

Mais 64% movimentos de pousos e decolagens

O balanço do segundo trimestre mostrou um avanço de 64% nos movimentos de pousos e decolagens na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 7 mil nos três meses (média de 77 por dia).

Outra fonte de receita importante é o abastecimentos dos aviões. No segundo trimestre, foram 3,2 mil litros, aumento de 54%. "Isso tudo mostra que a demanda é forte nesta unidade de negócios", apontou Martins.

Para uma futura expansão, a JHSF já tem terrenos disponíveis nos arredores, o que não representa um gargalo. O tamanho do investimento também não será um problema, segundo o presidente, dado que a parte principal da infraestrutura já está pronta e em operação. "O investimento aí seria marginal perto do que já foi feito".

Ponto de encontro de VIPs

Além disso, o aeroporto serve de ponto de chegada para boa parte dos endinheirados de fora de São Paulo que frequentam os demais empreendimentos de luxo que fazem parte do grupo JHSF, como o Shopping Cidade Jardim, os hotéis e restaurantes da marca Fasano, ou o condomínio Boa Vista, em Porto Feliz (SP). "É um ponto estratégico para os nossos clientes que têm aeronaves e circulam pelo ecossistema da JHSF", disse Martins.

O público frequentador do aeroporto é composto por VIPs, como empresários, agropecuaristas, celebridades, políticos e estrangeiros. Foi lá que o bilionário Elon Musk desembarcou na mais recente visita ao País.

Questionado se a JHSF estuda transformar o Catarina em um aeroporto para voos comerciais, uma vez que Congonhas e Guarulhos já estão bastante ocupados, Martins reiterou que o foco não é este. "O foco é crescer em aviação executiva", afirmou.

Principais operações

O setor de shoppings da JHSF registrou alta de 17% nas vendas na comparação entre o segundo trimestre de 2025 e o mesmo intervalo de 2024, para R$ 1,188 bilhão. As vendas e os aluguéis nas mesmas lojas subiram 12,3% e 12,9%, respectivamente. O destaque foi o Cidade Jardim, cujas vendas aumentaram 26,9% na comparação anual.

Esse aumento decorreu do bom desempenho do mix de lojas, sem expansão da área de lojas, destacou o presidente do grupo. "Esse desempenho é o maior entre todos os shoppings de luxo e se deve ao ecossistema construído ali. O Cidade Jardim não é apenas um centro de compras, mas um lugar com serviços e lifestyle onde esse público quer estar", disse o presidente do grupo.

Entre as novidades do mix, a Chanel abrirá uma loja do tipo flagship de 1.200 m² no Shopping Cidade Jardim. Além disso, as marcas Dior, Prada e Tiffany & Co, já presentes no local, irão dobrar de tamanho. Outra novidade é que a Rolex transformará a loja atual em sua flagship na América Latina. Na próxima semana, será inaugurado ali um centro de saúde e bem estar com 2 mil m².

No segmento de incorporação imobiliária, as vendas no segundo trimestre foram de R$ 293,8 milhões, aumento de 6,6% na comparação anual. Recentemente, a companhia anunciou ainda que o condomínio Boa Vista Village terá uma unidade do Colégio Visconde de Porto Seguro e uma clínica Einstein.

Ainda neste semestre, a JHSF prepara o lançamento de dois projetos de grande porte. A companhia vai lançar a Fazenda Santa Helena, um novo condomínio de luxo na região de Bragança Paulista, com valor geral de vendas (VGV) de aproximadamente R$ 1,2 bilhão na primeira fase. O outro lançamento é o condomínio Boa vista States, com VGV na faixa de R$ 1 bilhão na primeira fase. Este empreendimento faz parte do Complexo Boa Vista, em Porto Feliz (SP).

Números gerais do 2º trimestre

A JHSF mostrou, no segundo trimestre de 2025, evolução dos resultados das suas principais divisões de negócios, como foram os casos de incorporação imobiliária (lucro de R$ 105,9 milhões), shoppings (R$ 14,9 milhões), aviação executiva (R$ 42,2 milhões) e clube e residências (R$ 136,6 milhões, contando o ganho contábil de apreciação de propriedades).

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado somou R$ 347,7 milhões, crescimento de 59% na mesma base de comparação anual.

O Ebitda ajustado foi de R$ 247,2 milhões, alta de 21,9%. A margem Ebitda ajustado chegou a 49,8%, recuo de 1,3 ponto porcentual. O critério 'ajustado' exclui o ganho de ordem contábil com a apreciação das propriedades para investimentos (R$ 131,3 milhões) e itens considerados não recorrentes, como pagamento de lucros sobre os resultados (cerca de R$ 15 milhões).

A receita líquida consolidada da JHSF totalizou R$ 496,1 milhões, alta de 25,2%.

"Estamos muito contentes com os resultados. Tanto a divisão de incorporação quando a de renda recorrente crescem de maneira pujante e com ganho de margem", afirmou o presidente da JHSF, Augusto Martins.

A divisão de renda recorrente teve Ebitda ajustado de R$ 150,6 milhões, crescimento de 21% na comparação anual, já respondendo por 61% do Ebitda ajustado consolidado. O negócio abrange os segmentos que geram receitas de modo contínuo (shoppings, hotéis e restaurantes, aeroporto, residências e clubes), ao contrário das vendas de imóveis, que tem variações de acordo com o lançamento de cada empreendimento.

Com o amadurecimento do negócio de renda recorrente, a JHSF tem sido capaz de dosar melhor os investimentos na atividade imobiliária, ponderou Martins. "A divisão de recorrente atingiu um tamanho que nos permite ser mais precisos na incorporação, controlando melhor os lançamentos. Isso é importante porque a produção limitada gera valor tanto para nós quanto para os clientes que adquirem os imóveis".

As despesas operacionais da JHSF foram a R$ 108,7 milhões, subida de 60,3%. O que mais puxou essa linha foram as despesas gerais e administrativas, com alta de 34,6%, para R$ 107,1 milhões. Essa alta foi motivada pelo pagamento de participação nos lucros (PLR), na ordem de R$ 15 milhões.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) consolidado gerou uma despesa de R$ 65,3 milhões, que foi 67,5% maior em função do aumento das despesas com juros da dívida.

A JHSF fechou o trimestre com dívida líquida de R$ 1,568 bilhão, montante 3,5% maior na comparação com o primeiro trimestre, e uma alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) de 1,78 vez.

Estadão
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