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Japão revisa para cima PIB do 3º tri em meio a recessão global e riscos da Covid

8 dez 2022 - 07h32
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A economia do Japão, a terceira maior do mundo, encolheu menos do que inicialmente estimado no terceiro trimestre, reforçando uma visão de que está lentamente se recuperando da estagnação provocada pela Covid-19, mesmo quando os principais mercados de exportação mostram mais sinais de enfraquecimento.

O Produto Interno Bruto (PIB) japonês registrou contração trimestral anualizada de 0,8%, de acordo com dados do Escritório do Gabinete divulgados nesta quinta-feira, depois de ter sido informado em estimativa inicial queda de 1,2%.

A expectativa em pesquisa da Reuters com economistas era de um declínio anualizado de 1,1%.

A revisão foi impulsionada pela mudança para cima nos estoques privados, depois de um crescimento trimestral anualizado de 4,5% no trimestre anterior.

A economia do Japão encolheu inesperadamente no terceiro trimestre uma vez que os riscos de recessão global, a fraqueza da economia da China, um iene fraco e custos de importação mais altos prejudicam o consumo e as empresas.

A economia pode se recuperar no trimestre atual devido a uma flexibilização das restrições de fornecimento de semicondutores e automóveis, e ao levantamento dos controles de fronteira devido à Covid-19, impulsionando o turismo, dizem alguns analistas.

No entanto, outros estão se preparando para que a economia global entre em recessão no ano que vem, dando um duro golpe aos exportadores asiáticos que dependem do comércio, como o Japão.

"A retomada do turismo e as campanhas para promover as viagens internas impulsionarão o consumo privado, ajudando a economia a retornar ao crescimento no trimestre de outubro a dezembro", disse Takeshi Minami, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Norinchukin.

"No futuro, uma desaceleração global liderada pelo aumento dos juros nas economias avançadas e uma queda no setor imobiliário na China pesarão sobre a economia japonesa, possivelmente causando uma recessão técnica, ou dois trimestres consecutivos de contração no primeiro semestre do próximo ano."

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