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Inflação oficial do País fica em 0,22% em abril, diz IBGE

10 mai 2018 - 09h05
(atualizado às 10h08)
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IPCA sobe em 0,22% em abril, diz IBGE
IPCA sobe em 0,22% em abril, diz IBGE
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A inflação oficial no Brasil acelerou menos do que o esperado em abril e permanece firmemente abaixo do piso da meta oficial por conta dos preços dos alimentos, mantendo aberto o espaço para o Banco Central seguir com os planos de cortar mais uma vez os juros básicos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,22% em abril após variação positiva de 0,09% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Em 12 meses, o IPCA foi a 2,76%, sobre 2,68% em março, permanecendo em todos os meses deste ano abaixo do piso da meta, de 4,5% com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

As expectativas em pesquisa da Reuters com analistas eram de avanço de 0,28% na comparação mensal, acumulando em 12 meses alta de 2,82%.

No mês passado, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais foi responsável por metade do resultado do IPCA ao subir 0,91%, ante 0,48% em março. Os preços dos remédios subiram 1,52% após reajuste anual, enquanto os planos de saúde avançaram 1,06%.

Os preços dos alimentos, cuja expectativa era de que acelerassem em abril, mostraram pouca alteração ao subirem 0,09% em abril, frente a 0,07% antes.

De acordo com o IBGE, enquanto consumo no domicílio passaram a subir 0,27% após queda de 0,18%, a alimentação fora de casa registrou queda de 0,22% depois de alta 0,52% em março.

"Podemos dizer que a contribuição dos alimentos para a inflação baixa do ano passado tende a ser semelhante esse ano", explicou o gerente do IBGE Fernando Gonçalves.

Também ajudaram a conter a alta dos preços dos alimentos as quedas de 0,31% nos preços das carnes, de 4,31% da batata-inglesa e de 2,08% do frango inteiro, compensando o aumento de 4,94% do leite longa vida.

Com a inflação persistentemente fraca, o BC embarcou em um ciclo de afrouxamento monetário que levou a Selic à mínima histórica de 6,5%, com expectativa de novo corte de 0,25 ponto percentual no encontro da próxima semana.

A recente pressão cambial, com o dólar chegando ao patamar R$ 3,60 reais, chegou a reduzir no mercado de juros futuros as apostas em nova flexibilização, mas nesta semana o presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou que a recente escalada do dólar é normal em relação ao que vem ocorrendo no mundo e que "o importante é saber o que se tem que olhar num regime de metas da inflação".

A moeda norte-americana mais cara tem potencial para pressionar a inflação, entretanto analistas consideram que a disparada vista nos últimos meses deve ter pouco impacto sobre a inflação deste ano, dada as dificuldades da economia para engatar ritmo forte.

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