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Prévia da inflação é a 2ª menor para fevereiro desde o Real

23 fev 2018 - 09h44
(atualizado às 10h39)
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Consumidora observa preços em mercado no Rio de Janeiro 06/05/2016 REUTERS/Nacho Doce
Consumidora observa preços em mercado no Rio de Janeiro 06/05/2016 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

A prévia da inflação oficial do Brasil foi mais fraca do que esperado em fevereiro diante da queda dos preços da energia elétrica e ficou ainda mais abaixo da meta do governo em 12 meses, mantendo a porta aberta para as apostas de novo corte da taxa básica de juros pelo Banco Central em março.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,38% em fevereiro depois de avançar 0,39% em janeiro, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa é a segunda leitura mais fraca para o mês de fevereiro desde a implantação do Plano Real, em 1994, e frustrou a expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,42%.

Com esse resultado, o IPCA-15 acumulou em 12 meses alta de 2,86%, sobre 3,02% no mês anterior, voltando a ficar abaixo do piso da meta de 4,5% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A expectativa para o dado era de avanço de 2,89% nos 12 meses até fevereiro.

A responsabilidade pela fraqueza do ritmo de alta dos preços recai principalmente sobre as tarifas elétricas, que em fevereiro recuaram 2,99% diante da bandeira tarifária verde, que não gera cobranças adicionais.

Isso levou o grupo Habitação a acelerar a deflação a 0,51% em fevereiro, de queda de 0,41% em janeiro

O outro grupo que apresentou queda nos preços foi o de Vestuário, de 0,73%, após alta de 0,36% no mês anterior.

A pressão dos preços de Alimentação e Bebidas também diminuiu, com alta desacelerando a 0,13%, sobre 0,76%, no mesmo período. Segundo o IBGE, o preço da batata-inglesa e das carnes recuou, respectivamente, 3,50% e 0,70% após a alta de 11,70% e 1,53% em janeiro.

Na outra ponta, os preços do grupo Educação saltaram 4,01% em fevereiro, sobre alta de 0,28% antes, movimento sazonal que reflete os reajustes do ano letivo, destacadamente a alta de 5,24% nas mensalidades dos cursos regulares, segundo o IBGE.

As pressões inflacionárias seguem contidas com o desemprego e a alta capacidade ociosa das empresas, o que pode levar a mais um corte da taxa básica de juros em março.

Depois de cortar a Selic à nova mínima recorde de 6,75% no início deste mês, o BC optou por indicar o fim do ciclo de afrouxamento monetário no caso de o cenário evoluir conforme o esperado, mas manteve espaço para uma queda "moderada" adicional nos juros caso haja alteração nesse quadro.

O mercado de juros futuros mostrava apostas de cerca de 60% de novo corte de 0,25 ponto percentual na Selic em março, próximo encontro do BC sobre a taxa.

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