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Inflação deve permanecer alta em 2015, diz presidente do BC

Alexandre Tombini disse que o período de convergência à meta se estende até o final de 2016

9 dez 2014 - 13h43
(atualizado às 16h04)
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<p>Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que continuará à frente da instituição no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff</p>
Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que continuará à frente da instituição no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff
Foto: Mike Theiler (UNITED STATES - Tags: BUSINESS POLITICS) / Reuters

Ao mesmo tempo em que alertou que a inflação deve ficar mais alta nos próximos meses, o Banco Central trabalha para que ela retorne "o mais rápido possível" para a convergência à meta, disse o presidente do BC, Alexandre Tombini, em audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional nesta terça-feira.

"Olhando adiante, que do ponto de vista de política monetária me refiro aos próximos anos, o Banco Central, neste momento, trabalha para fazer com que a inflação retome o mais rápido possível à trajetória de convergência para a meta de 4,5% ao ano. O horizonte de convergência com o qual trabalhamos se estende até o final de 2016", disse.

Tombini afirmou ainda que apesar do esforço do BC ter como foco a trajetória da inflação nos próximos dois anos, deve-se considerar que os ganhos decorrentes da esperada convergência da inflação para a trajetória de metas serão estendidos por vários anos, "podendo, inclusive, ter caráter de permanência".

Em pronunciamento antes da sessão de perguntas e respostas, Tombini afirmou que o BC manteve a inflação sob controle nos últimos anos, embora reconhecendo que ela deve permanecer elevada em 2015.

Sobre câmbio, Tombini disse que o programa de swap cambial do BC tem atingido "plenamente seus objetivos" e que a autoridade monetária não tem a intenção de reverter as posições de swaps. Ele afirmou ainda que os estoques de swaps devem ser renovados no futuro, observadas as condições de demanda.

"Recentemente, nós no Banco Central, verificamos a intensificação dos ajustes de preços relativos – depreciação nominal do Real e ajustes em preços administrados – e avaliamos que esses desenvolvimentos tornavam o balanço de riscos para a inflação menos favorável. Por conseguinte, entendo que não deveria ser tomado como surpresa, nos próximos meses, um cenário que contempla inflação acima dos níveis em que atualmente se encontra", disse.

No entanto, Tombini afirmou estar convicto que após um período de inflação possivelmente em elevação, "a inflação em 12 meses iniciará um longo período de declínio, que vai culminar com o atingimento da meta de 4,5% ao ano".

Tombini afirmou ainda que a situação da economia internacional continua complexa, mas que ela tende a ajudar na convergência da inflação no Brasil para a meta.

Segundo ele, as perspectivas para o setor externo em 2015 são mais positivas com maior crescimento da economia global.

Tombini disse ainda que não vê dificuldade de financiamento do setor externo nos anos à frente, afirmando que o Brasil tem reservas internacionais.

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