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Indústria cresce em 10 das 15 regiões pesquisados pelo IBGE

Resultado de novembro mostrou avanço disseminado na produção industrial; na média global, alta foi de 1,2%

14 jan 2021 - 12h25
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RIO - A produção industrial mostrou crescimento disseminado entre os parques fabris do País na passagem de outubro para novembro. Houve expansão em dez dos 15 locais que integram a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 14.

Na média global, a indústria nacional avançou 1,2% em novembro ante outubro. Em São Paulo, que responde por cerca de um terço de toda a produção industrial brasileira, houve crescimento de 1,5%.

"Esse crescimento pode ser atribuído ao setor de veículos, principalmente, e também ao setor de máquinas e equipamentos", apontou Bernardo Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.

Em novembro, a produção paulista já estava 6,0% acima do nível de fevereiro, no pré-pandemia, mas ainda operava 17,2% abaixo do pico alcançado em março de 2011.

Em relação a novembro de 2019, a indústria de São Paulo avançou 4,7%, a terceira alta consecutiva nesse tipo de comparação. Houve crescimento em 14 das 18 atividades industriais locais, mesmo sem qualquer influência do efeito calendário, uma vez que o mês de novembro de 2020 teve o mesmo número de dias úteis que novembro do ano anterior, ressaltou Almeida.

"A base de comparação do ano anterior não era uma base de comparação alta. Lembrando que o ritmo de produção antes da pandemia era de incertezas, como ainda é, com desemprego alto, número de contratações baixo, tomadas de decisões cautelosas. Tudo isso gerou uma certa cautela na cadeia de produção nesses setores e trouxe para esse ano de 2020 a mesma influência. A pandemia acentuou esse sentimento", avaliou Bernardo Almeida.

O pesquisador ressalta que tanto a indústria paulista quanto a indústria nacional permanecem consideravelmente aquém dos patamares mais elevados já registrados na série histórica da pesquisa do IBGE.

"Não é retomada. A indústria ainda caminha num passo gradual, num passo cautelar, justamente pelas incertezas de toda essa conjuntura ainda a se desdobrar. Agora que a gente está saindo de um ano que realmente afetou essa produção da indústria, temos que esperar um pouco para saber se é um crescimento continuado ou se continua o ritmo cautelar que a gente observa desde o ano anterior", concluiu Almeida.

Estadão
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