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Haddad: Lula estuda cenários e decidirá em breve sobre isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

Segundo ministro, Fazenda já entregou ao presidente estudos sobre o tema e objetivo é adotar isenção em 2026; medida é promessa de campanha do petista

12 set 2024 - 09h18
(atualizado às 09h32)
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Fernando Haddad participou do programa "Bom dia, ministro" desta quinta-feira, 12
Fernando Haddad participou do programa "Bom dia, ministro" desta quinta-feira, 12
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 12, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai decidir em breve sobre um projeto para garantir a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, uma das suas promessas de campanha. O objetivo do mandatário, disse o ministro, é chegar a essa isenção em 2026.

"O presidente encomendou da área da Fazenda estudos que permitissem chegar no último ano do seu governo à cifra de R$ 5 mil, e nós apresentamos para ele alguns cenários", relatou Haddad, no programa "Bom dia, ministro", da EBC. "Nós temos um tempo relativamente longo para aprovar a medida, e os cenários todos preveem a possibilidade de cumprimento dessa proposta."

Segundo Haddad, Lula ainda deve conversar com outros ministros sobre as propostas quando achar "conveniente", mas já considerou que pelo menos um dos caminhos oferecidos é "promissor do ponto de vista econômico e político." O ministro da Casa Civil, Rui Costa, está a par dos projetos desenhados pela Fazenda, ele disse.

O ministro da Fazenda lembrou, ainda, que o governo Lula já corrigiu duas vezes a tabela do IR, contrapondo-se ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Fizemos muito mais do que o governo anterior fez em quatro anos", afirmou.

Taxação de super-ricos

Haddad disse esperar que a proposta de taxação dos super-ricos seja aprovada na cúpula de chefes de Estado do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, que ocorrerá no fim deste ano, no Rio de Janeiro. Ele afirmou que criar essa taxação não é simples e exige coordenação entre os países.

"Houve tentativas nesse sentido que não deram o resultado esperado", disse, mencionando problemas de evasão fiscal quando esse imposto é criado em apenas um país. "Nós levamos para o G20 para que esse imposto sobre riqueza seja um tributo cobrado internacionalmente."

O ministro afirmou que o Brasil teve um "grande mérito" ao levar a proposta de taxação de super-ricos ao G20.

Números da economia

O ministro afirmou ainda que os números da economia brasileira merecem ser comemorados, com inflação controlada e crescimento, mas ponderou que é necessário se manter atento ao futuro. Variáveis naturais, políticas e geopolíticas podem ter impacto, ele afirmou.

"Você tem toda a legitimidade de comemorar: o PIB está crescendo, o desemprego está baixo, a inflação está baixa, está sob controle, mas sempre você tem que estar tendo atento à próxima curva, porque você não sabe o desafio que você vai ter que enfrentar", disse.

Haddad afirmou que o índice de miséria do Brasil (soma da taxa de desemprego e da inflação) está em um dos menores níveis da série histórica, com desemprego e inflação baixos. "Estamos no melhor dos mundos", afirmou.

Ele acrescentou que o Brasil tem avançado em reformas estruturais, citando a tributária. Mencionou, também, o novo arcabouço fiscal, que, segundo o ministro, é "inovador, respeitado e elogiado mundo afora", inclusive por organismos internacionais e agências de classificação e risco.

O ministro disse que está "otimista" com a economia brasileira, mas sem subestimar os desafios. Entre eles, citou a compensação à desoneração da folha de pagamentos, cujo texto-base foi aprovado na quarta-feira, 11, pela Câmara. Os destaques ainda precisam ser votados.

Haddad repetiu que o País precisa reequilibrar as contas públicas, mas defendeu que isso tem de ser feito "de forma criteriosa", para não prejudicar quem depende do Estado e para garantir que as pessoas que não pagavam impostos, paguem.

O ministro repetiu que a economia brasileira deve crescer mais de 3% este ano, depois de ter adiantado a jornalistas que a revisão das projeções da Fazenda indicaria uma alta deste nível ou mais do Produto Interno Bruto (PIB). E afirmou que há um recorde de geração de empregos, com queda da desocupação.

"Hoje, o nosso problema é oferta de mão de obra, não é demanda", afirmou. "Você conversa com qualquer empresário, de qualquer setor, a pessoa vai dizer assim: eu estou com dificuldade de contratar, eu preciso contratar, eu quero expandir meus negócios."

Estadão
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