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Ibovespa sobe apesar da queda de Petrobras em dia cheio; Hapvida dispara

14 mai 2024 - 11h30
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O Ibovespa avançava nesta terça-feira, com Hapvida liderando as altas após salto no lucro do primeiro trimestre, enquanto Petrobras era destaque na coluna negativa após resultado abaixo das expectativas de analistas, em mais um dia repleto de balanços corporativos no Brasil.

Por volta de 11h20, o Ibovespa subia 0,31%, a 128.547,93 pontos. O volume financeiro somava 6,6 bilhões de reais.

Investidores também analisam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na semana passada, quando a Selic foi reduzida em 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano, após seis quedas consecutivas de 0,50 ponto, em decisão dividida.

A ata mostrou que, apesar da divergência dos quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defenderam corte de 0,50 ponto, eles compartilharam da percepção de aumento da incerteza e mostraram "firme compromisso" com o atingimento da meta e a reancoragem das expectativas.

"O Comitê claramente tentou provar que não há discordância sobre a trajetória e sobre a necessidade de ancoragem da política monetária", ressaltou a equipe da Levante Inside Corp, em relatório enviado a clientes nesta terça-feira.

"O que ocorreu foi um debate sobre a pertinência e os custos de não cumprir o indicado no 'forward guidance' da reunião anterior. Se o texto foi convincente ou não, apenas o tempo - e os preços - dirão."

Também no radar estão dados de preços ao produtor nos Estados Unidos de abril, que aumentaram acima das previsões no mercado. O foco se volta agora para números da inflação ao consumidor norte-americano do mês passado, previstos para a quarta-feira.

De acordo com o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, os dirigentes do Federal Reserve vêm reforçando declarações de que os dados precisam evoluir positivamente para que haja mudança na política monetária. "E o dado de hoje não colabora nesse sentido."

Nesse sentido, agentes financeiros acompanhavam declarações do chair do Fed, Jerome Powell, de que espera que a inflação continue caindo até 2024, como aconteceu no ano passado, embora sua confiança nisso tenha dimnuído depois que os preços subiram mais rápido do que o esperado no primeiro trimestre.

Em Wall Street, o S&P 500 tinha variação positiva de 0,04%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,4747%, de 4,481% na véspera.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN recuava 2,4% após a petrolífera divulgar queda de 37,9% no lucro líquido do primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, para 23,7 bilhões de reais, frustrando as expectativas do mercado e ainda reportando dividendos menores do que o esperado.

- NATURA&CO ON caía 5,06%, com o balanço do primeiro trimestre mostrando um salto no prejuízo líquido consolidado, que chegou a 935 milhões de reais ante resultado negativo de 652 milhões que havia sofrido um ano antes. O Ebitda caiu 9% e a receita líquida recuou 6%.

- HAPVIDA ON disparava 9,43%, reagindo ao resultado do primeiro trimestre, com salto no lucro líquido ajustado para 506,8 milhões de reais, de lucro de 33,1 milhões no mesmo período no ano anterior. O resultado veio acima do esperado por analistas.

- VALE ON cedia 0,11%, acompanhando o movimento dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou em queda de 0,75%.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha variação positiva de 0,76%, enquanto BRADESCO PN mostrava decréscimo de 0,45%.

- ANIMA ON, que não faz parte do Ibovespa, saltava 8,83%, tendo como pano de fundo um lucro líquido ajustado de 104,7 milhões de reais no primeiro trimestre, um aumento de mais de sete vezes em relação ao lucro do mesmo período em 2023, com a companhia citando 2024 como o "ano da colheita".

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