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Ibovespa avança ajudado por noticiário corporativo, mas reduz fôlego com piora externa

24 abr 2018 - 12h42
(atualizado às 13h35)
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O principal índice de ações da B3 seguia em alta nesta terça-feira, ajudado por notícias corporativas favoráveis, com destaque para Cosan e Santander Brasil, mas reduziu o fôlego em meio a uma piora no exterior, onde o rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro norte-americano voltou trazer desconforto.

Operadores durante pregão na Bovespa, no centro de São Paulo
24/05/2016
 REUTERS/Paulo Whitaker
Operadores durante pregão na Bovespa, no centro de São Paulo 24/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Às 12:34, o Ibovespa subia 0,55 por cento, a 86.074 pontos, tendo tocado 86.577 pontos no melhor momento.

O volume financeiro do pregão somava 3,524 bilhões de reais.

No Estados Unidos, os rendimentos dos Treasuries de 10 anos atingiram 3 por cento pela primeira vez em mais de quatro anos, com os investidores reduzindo exposição por receio com o aumento da inflação e a oferta de dívida do governo.

As bolsas norte-americanas também perderam o ímpeto mais positivo da abertura, quando prevaleceu a repercussão favorável a resultados corporativos. O S&P 500 cedia 0,04 por cento.

Profissionais da área de renda variável veem um aumento da cautela, com o cenário externo mais instável e volátil, enquanto no Brasil já estão no radar os desenvolvimentos políticos referentes às eleições.

"Embora as eleições no Brasil ainda estejam muito distantes, as incertezas relacionadas a um processo com uma multiplicidade de candidatos em potencial e sem nenhum favorito claro podem fazer a volatilidade do mercado disparar nos próximos meses", escreveram estrategistas do BTG Pactual em relatório a clientes.

DESTAQUES

- COSAN subia 5,24 por cento, liderando as altas do Ibovespa, após a Raízen Combustíveis, joint venture formada entre a empresa e a Shell, assinar contrato para aquisição do negócio de distribuição da Shell na Argentina, em um acordo de 950 milhões de dólares, que deve ser concluído no segundo semestre deste ano.

- SANTANDER BRASIL UNIT tinha elevação de 1,66 por cento, antes da divulgação do balanço agendado para após o fechamento da bolsa, tendo como pano de fundo resultado divulgado pelo seu controlador, o Banco Santander na Espanha, com lucro superando as previsões dos analistas e ajudado por fortes negócios no Brasil.

- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN subiam 0,35 e 1,14 por cento, respectivamente. Já o BANCO DO BRASIL ON cedia 0,41 por cento, tendo no radar decreto publicado no Diário Oficial da União de que governo federal reabriu o crédito especial para o banco estatal, no valor de 162 milhões de reais.

- KROTON ON avançava 2,18 por cento, dando continuidade aos ganhos da véspera após anúncio da compra do controle da SOMOS EDUCAÇÃO, que não faz parte do Ibovespa e subia apenas 0,37 nesta sessão, após fechar em alta de quase 50 por cento na véspera. A rival ESTÁCIO ON recuava 1,66 por cento.

- BRF ON subia 2,33 por cento, após renúncia do presidente-executivo, José Aurélio Drummond Jr., às vésperas de uma assembleia de acionistas, tida como vital para o futuro da exportadora de carne de frango, para mudar o conselho de administração.

- PETROBRAS PN subia 0,62 por cento e PETROBRAS ON avançava 0,45 por cento, em sessão com os preços do petróleo quase estáveis e após anúncio da petroleira de que iniciou fase vinculante referente à cessão da totalidade de sua participação nos campos de Piranema e Piranema Sul.

- VALE ON subia 1,89 por cento, apesar da queda do preço do minério de ferro à vista na China. Analistas do Credit Suisse elevaram o preço-alvo do ADR (recibo de ação negociado nos EUA) da mineradora de 16 para 17 dólares e reiteraram a recomendação 'outperform'.

- BR MALLS ON caía 1,35 por cento, em sessão negativa também para outras ações de shopping centers, com IGUATEMI ON cedendo 1,19 por cento.

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